sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mudanças

E é com esse som de chuva que eu me despeço do passado, é vendo as gotas escorrerem pela janela que eu me sinto no chão. Parece até estranho se falar em futuro, quando se até o presente é indeciso e o passado é confuso. Não sei mais qual caminho seguir, se corro, se fico, se desisto. É intenso o que tenho, é pouco o que sinto, é grande o que penso. Eu espero que desta vez nada sai errado, já cansei de perseguir na direção contrária, já sem sentido o que tenho que fazer. Já desisti a muito tempo do amor, já desisti a muito tempo das pessoas. Mas finalmente tenho minha luz, uma vida promissora, sozinha, mas promissora. E não largaria nada pra ficar aqui. Eu não quero machucar as pessoas que eu amo, nem decepcionar as pessoas que eu preciso. Só quero que seja diferente, e que desta vez esse diferente dê certo.

Emily Cohen

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Meu talismã

Com o passar do tempo você descobre o que é bom e ruim pra você, descobre defeitos, descobre você. Mas é nesse passar de tempo que você busca encontrar o seu próprio ser, e é nesse meio que você descobre pessoas pelas quais vale a pena lutar e pessoas pelas quais não valem um centavo se quer. Tudo passa, suas fases passam, seu modo de agir, pensar e sonhar é diferente do que antes. Você tem mais força e agora arrisca tudo para seguir seus sonhos. A vida te abre portas e em nenhum momento você pode deixar essas oportunidade passar. Mas, e quando a vida te abre duas portas? O que fazer? Qual escolher? Quando na primeira porta ela te dá a oportunidade de sonhar e realizar esse mesmo sonho, que a muito tempo almejava, enquanto na segunda porta está todos os seus planos de uma vida a dois, de uma vida nova. É claro que planos mudam, e os seus acabaram por mudar agora.
Ter que partir e ver você ficar aqui, com certeza, será a coisa mais difícil que eu já fiz em minha vida. Mas se tudo o que eu deixar aqui, eu sei que sempre estará aqui, mesmo que longe ainda estarei guiando por vocês, estarei com vocês, dentro do coração. Em especial, você. Vai ser difícil não chorar todos os fins de semana que eu passar longe de você, vai ser difícil não reclamar da sua chatice e mesmo depois de brigar com você, ainda nos abraçarmos forte. É incrível como a vida nos dá tantas riquezas e como pode nos tirá-las tão rápido. Meu anjo, não se acanhe você ainda tem tua estrutura, tua base. Agora só não sei se terei base sem você por perto. É estranho, porque tudo o que eu tinha em mente, todos os planos, envolviam você e agora simplesmente falta um pedaço grande. E apesar de tudo, não posso te pedir pra desistir dos teus sonhos, porque eu não desistiria do meu. Só queria que entendesse o quanto vou sentir a falta de você, da turma e de todos aqueles momentos eternizados em minha memória e em nossos corações. Siga em frente, siga seu sonho e não desista no primeiro obstáculo. Eu estarei por perto se você cair, isso eu prometo, mesmo estando longe, estarei sempre cuidando de ti. Meu anjo, meu talismã.

Emily Cohen

domingo, 25 de dezembro de 2011

Desde quando você se foi

Se eu me lembrasse que, talvez, não lembrava do seu cheiro e pegasse um antigo frasco do seu perfume que fica na minha penteadeira ainda, só pra me lembrar. Se eu me lembrasse que eu não lembro do som da sua voz e discasse incansavelmente seu número, mesmo que sem sucesso de ouvi-lá de novo. Se eu me lembrasse que eu não lembrava do calor dos teus braços e pegasse um travesseiro seu, que ainda está no seu lado da cama, e o abraçasse forte. Se eu lembrasse que eu não me esqueci do teu sorriso e pegasse tua fotografia para me lembrar de tudo, pegasse tuas cartas com o cheiro do teu perfume e lesse até cair no sono. Eu sei, não faria diferença alguma, pois desde que você se foi eu tento não lembrar, eu tento me esquecer. E parece que a dor só aumenta, a dor só toma conta da nossa casa. Aliás, a casa parece grande demais pra mim, porque sem você tem um espaço enorme pra ser ocupado. E lendo aquelas cartas que me faziam chorar, enquanto meu coração angustiado era e sempre será teu. Lendo aquelas cartas pude ver a falta que você fazia e faz em minha vida. E eu morri, junto com você. Morri por saber que você tinha partido sem ao menos querer. E foi naquela guerra, aquela interminável guerra que sua vida terminou. Eu ainda leio tuas cartas, ainda espero um dia te encontrar.


 Marie, 
        Quem lhe escreve é o Tim, colega de guerra de Henry. Hoje, pela manhã, fazíamos nossa patrulha matinal, mas infelizmente fomos pegos de surpresa, eles nos atacaram tive medo, fui um covarde e assim que vi o que acontecia me escondi. Mas o Henry não teve medo e lutou. Lutou até morrer. Sinto muito, muito mesmo. Me sinto um incapaz, me sinto um lixo, por ter deixado ele ali no campo de batalha. Meus pêsames,  Henry se foi.

                                                                    Com carinho e dor,
                                                                                                Tim


E foram com essas palavras que eu morri. Não sabes a falta que tu me faz, não imaginas como é passar as noites sem o teu carinho, sem a tua presença. Mas tenho sido forte, pois sei que irei te encontrar, meu grande e único amor. E já tempo, mas eu ainda te espero.

Emily Cohen

sábado, 24 de dezembro de 2011

Maldita realidade

Ela corria sem rumo, queria um  lugar para seu esconderijo, ela queria fugir, então ela corria, o mundo a assustava demais. E ela simplesmente queria se esconder, se esconder do mundo, das pessoas, das coisas ruins. Ela queria o lugar mágico que ela vivia na imaginação, mas ela não podia tê-lo, o mundo real era cruel demais pra deixar ela viver o sonho. Ela queria sumir ou apenas voar, e sentir o vento bater em seus cabelos. Ela queria sentir, mas as pessoas insistiam em machucá-la, insistiam em deixá-la mais fria do que o comum. Ela não tinha o lugar dela, ela não tinha o espaço dela, ela era do mundo cruel, ela era desprotegida e por isso não sentia, não amava. Por isso se colocava em falsos sorrisos. Ela tinha muito medo do mundo, ela tinha medo do que as pessoas podiam fazer com ela. Ela só queria o mundo dela, aquele mundo que ela podia estar sem medos. Mas ela não podia, a realidade a puxava e colocava os pés dela no chão. Ela tinha medo de cair, e tinha um medo maior de não conseguir levantar, tinha medo derramar lágrimas, de não ser forte o tempo todo. Tinha medo do tempo passar, por isso queria fugir, por isso não podia ficar. Por isso ela corria sem rumo, ela queria um esconderijo, um lugar onde o mundo fosse mais dela, mais calmo, porque a realidade assombrava ela demais.

Emily Cohen

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sinta-me sem poder

Feche os olhos, escute minha voz lhe dizendo o que fazer. Sinta minhas unhas roçarem na sua nuca e minha mão suave acariciar seus cabelos, sinta meu corpo, sinta meu desejo, sinta-me por completa. Sinta meus olhos encontrarem os seus, sinta meu amor, sinta meu coração, sinta meu eu. Não desapareça de novo da minha vida, não quero apreçar nada, só quero tua presença, nem que seja por ausência ou distância, eu ainda quero você na minha vida. Me perdoe se eu não sei me controlar. Só que você sabe, eu faço tudo errado. Eu te quero e ao mesmo tempo não posso te querer, eu te amo e ao mesmo tempo não posso amar. Não faz sentido, mas olhar nos seus olhos e lhe poder oferecer meu carinho já basta. Não precisa ser meu, só quero demonstrar todo esse carinho que eu sinto, quero lhe dar todo esse amor que eu guardo em mim, mas que eu guardo só pra te dar. Quero ver seu sorriso de novo, quero que seja verdadeiro, quero que seja meu, quero que seja eterno. Não precisa ser pra sempre, seja enquanto durar, seja enquanto puder... Ou até seu coração mandar. Eu sei que ainda gostas de mim, eu sei que ainda me vê como sua pequena mulher, mas não me faça mais perder o tempo que perdi esperando por você. Eu esperei tempo demais, e agora vou embora. Mas seja meu enquanto puder, enquanto durar... Ou até seu coração mandar. Venha me proteger dos meus medos, dos meu fantasmas, eu até faço um café forte. Só me sinta. Só me deixe demonstrar isso que guardo pra tu.


E depois do amor, a separação é dolorosa, torturante.É dor, é mágoa, mas uma hora passa e se não passar, a gente faz passar. A angústia assola os nervos, interrompe os músculos de agir. É estranho, mas é verdadeiro, depois do primeiro beijo, aquele amor nunca será esquecido. O sonho dura, mas a realidade encurta.

Emily Cohen

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

AGRADECIMENTO.


AGRADECIMENTOS:
Obrigada por lerem e acompanharem o meu blog e o caminhar de meus contos, espero que continuem me acompanhando nesse novo ano, pois tenho certeza de que mudará muita coisa em nossas vidas! Um Feliz Natal e Um Próspero Ano novo a todos! Obrigada

Izabelle Tomazetti - Emily Cohen

É dia de Natal

Hora de comemorar pelos erros, ressaltar os defeitos, realinhar as linhas tortas, enfrentar o desapego. É natal, é hora de se torna meu, é hora de ser meu. É hora de vir embrulhado em um laço grande, ou até mesmo uma fita vermelha cor de sangue. Não me importo. Cria tua família, não estou pedindo pra ficar. Cria teus frutos, rega tua horta. Só me venha com embrulho. Porque é natal. É época se festa, amor, união. Seja minha festa, meu amor, minha união. Não se prenda aos rastros apagados do passado. Venha com embrulho novo, venha com gosto novo. Venha com vida nova.



Emily Cohen

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os dois lados da moeda

01:10 : Telefone toca, eu atendo, meia sonolenta ainda com os olhos fechados: - Alô?! E ninguém responde, repito mais umas três vezes e nada. Espero então calada, imaginando, ainda sonhando. A linha cai e eu caio. Volto pro cama. Novamente toca, mas desta vez há uma resposta.

- Alô?!
- Não fala nada, só me escuta!
- (Silêncio)
- Se lembra do dia em que nos conhecemos, pois é, aquele dia mudou o meu rumo. Mudou minha história, apesar de não ter gostado nem um pouco de te conhecer, você de certa forma me fez mais homem. Me fez crescer. Se lembra das nossa primeira conversa pra valer, quando começou a descobrir minha história, quando começou a me amar, pois é, eu também te amei. Se lembra das nossas intermináveis madrugadas falando besteiras, jogando conversa fora, se lembra de quando te ensinei a primeira nota do violão. Se lembra de tudo o que passamos juntos. Eu sei que se lembra, por isso liguei. Liguei pra ver se você ainda lembra de quem eu era, porque eu não sei mais o que eu era. Liguei pra saber se você ainda me quer, pra ver se ainda me ama. Liguei pra ver se ainda me espera e se diz que me ama ainda. Liguei pra ver como está sua voz, se mudou muito desde quando eu parti. Liguei pra ver se você mudou, se está mais bonita, se está mais mulher. Liguei pra ver se meu rosto ainda faz parte do seu cociente, se ainda se lembra de mim a cada amanhecer, se ainda se lembra de mim a cada nascer e por do sol. Se ainda me quer. Se ainda me ama. Se lembra das nossas besteiras idealizadas juntos, pois é eu só sabia a magia do verdadeiro sorriso quando tinha você. Eu só sabia o que era ser feliz quando te tinha por perto, e por incrível que pareça ainda penso em você. Ainda penso na minha pequena mulher. Queria saber se você poderia me ajudar a me encontrar, porque eu acho que sem você não dá. Você pode?
- (Silêncio)
- Eu sei que ainda me quer, eu sei que ainda me ama. Então, por favor me ajude a me achar?
- Não!
- Não ?! Não me ama ?!
- Não posso te ajudar a se achar!
- Por que ?
- Porque desde que você se foi eu me perdi. Não tem como ajudar quem me fez perder. Perder o rumo o sentido das coisas. Só posso te ajudar se eu me achar primeiro.
- Quer que eu te ajude ?!
- Não!
- Por que ?!
- Porque quando eu ouvi sua voz eu encontrei uma fresta do que eu era. E se você estiver aqui poderíamos nos achar juntos. Como um suporte um pro outro.
- Estou indo ai, a chave está no mesmo lugar?
- Sim!
- Eu te amo. Tchau!
- (Silêncio e a linha cai).

Toca a campainha. Corro para abri-lá.

- Você veio rápido.
- Eu estava aqui o tempo todo.

Emily Cohen   

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lágrimas escorridas

Ele não sabe o quanto as palavras me machucam, ele não tem a minima noção de tudo o que eu passo. E cada lágrima que eu derramo agora é porque eu estou morrendo, cada lágrima escorrida pelo meu rosto agora é uma parte da minha alma indo embora. Cada pedaço do meu todo se vai com cada lágrima escorrida. E eu tenho sido forte, aguentado provocações, ilusões e dores, que apenas eu sei o que eu faço. Eu me sinto um lixo, como se não valesse nada, com se eu não merece nem um cuspe no chão. E minhas lágrimas ainda estão escorrendo, caindo em cima desse papel, agora todo molhado. Quando é que as pessoas que eu mais admiro irão confiar em mim? E a minha cabeça não para de doer. Minha vontade era de acabar com tudo isso, minha vontade era esquecer tudo, morrer pra se mais sincera. Mas eu continuarei forte aqui, como sempre fui, como sempre aguentei. Só que uma hora eu tenho que colocar pra fora e quando eu colocar, perceberá que será tarde demais pra voltar atrás.

Emily Cohen.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quem inventou o amor ?

Um gole de cerveja aqui, um trago de cigarro ali, uma reboladinha pra lá, uma pegação pra cá. Pessoas enlouquecidas, música alta, amores entorpecentes, paixões irrelevantes. Mais uma dose de whisky, um pouco mais de drogas, algumas tragadas no cigarro, outras cheiradas na cocaína. Mas, ei fique, a noite apenas começou, ainda nem senti o prazer do seu amor. Ilusão aqui, ilusão ali. Mas espere, quem foi que inventou o amor? Mais uma tragada, dessa vez mais forte. Vento, agora, batendo em meus cabelos, uma adrenalina peculiar, mais uma garrafa de cerveja e mais um maço de cigarro.

- Me leve pra casa, agora!

Cama, colchão, o mundo vira, as paredes se movem e o mundo dissolve. Comprimidos espalhados pelo chão da cozinha, sexo rolando no banheiro, vômitos por toda a sala e eu jogada ao pé da cadeira. O mundo gira e as paredes se movem, mas ei, espere, quem inventou o amor?

Emily Cohen

Seus olhos azuis

Hoje, seus olhos azuis já não me surpreendem mais. Seus olhos azuis já não se misturam ao mar, e não aquecem mais minha alma. Esses olhos azuis já não me seduzem, já não me fazem quente. Esses seus olhos azuis já não dizem mais nada, já não interferem em nada. Mas é quando esses teus olhos azuis se encontram com esses meus olhos negros que a mágica acontece. É quando o negro do céu e o azul do mar se encontra que o amor inicia. É quando nossos olhos se encaixam que nos perdemos. E só quando o imenso céu se desprende da imensidão do mar que nós nos encontramos. Quando nossos olhos não se encontram há certa segurança em nossos seres, e quando se encontram sai faíscas de fúria, ódio, amor, paixão, sedução. E eu não me importo de ser tua. Eu não me importo de perder o céu, o ar, estando ao mar, o resto é pura poesia. Mas, mesmo assim, estes seus olhos azuis só me surpreendem quando se encontram com os meus olhos negros. Assim como o céu e o mar, nossos olhos se cruzam ao horizonte, não são unidos, mas quando vistos juntos são tão lindos de presenciar. Não são uma coisa só, são duas partes, dois pedaços, dois laços. Mas, hoje, seus olhos azuis já não me surpreendem mais.

Emily Cohen

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Morte

A morte arde pela garganta, sobe pelas fendas e desaba pelos olhos. Esmaga os órgãos, inflama o ventre. Entope as veias, sufoca os pulmões, estoura as articulações e simplesmente se vai. A morte é rápida, ás vezes dolorida, ás vezes torturante, agonizante, mas a morte traz paz. Paz de espirito, paz de amor. A morte vive entre a gente. A morte mora com a gente e só espera a hora certa de nos despejar.

Emily Cohen

Fogo queimado


Sabe, querido, aquelas marcas que você tinha me deixado. Aquelas mesmas marcas pelas quais o roxo ainda doía ao tocar aquela região, pois é, hoje minhas marcas são piores. As marcas que levo hoje não são simples escoriações de pele. As marcas que tenho no meu corpo agora, são de dor. São dores de ferro quente, papel amassado, fogo queimado. E pra ser sincera, as marcas agora não doem apenas com o seu toque, mas doem também com suas palavras, com suas atitudes e com a sua ausência. E dói tanto, que chega um ponto de loucura, chega ao ponto em que a dor é tanta que começo a alucinar, viajar, ver coisas. E imagino que você também sinta essas marcas, esses ferimentos, mas que não são feitos por mim. São feitos por aquela que não te ama, que te usa e te abusa. E eu simplesmente, fico aqui, me marcando por você, te vendo sofrer e me fazendo sofrer. E mesmo te querendo eu prefiro me manter distante, distante do que me machuca, do que me faz chorar. Mas eu ainda penso em ser teu fogo queimado, teu cheiro desgastado, teu mundo desajeitado, teu caminho, teu encontro, tua perda. Eu ainda anseio por ti. Eu ainda me firo por ti, porque não houve ainda alguém que se ferisse por mim.

Emily Cohen

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sentir já não faz parte de mim

A saudade aumenta, os olhos lacrimejam, o coração se aperta e a dor... Bem, a dor continua viva. O vazio que ela preenche é maior do que a vontade de persistir. O valor que ela tem sobre o meu todo já não cabe mais a mim lutar contra isso. É imenso demais. É a causa de todos os males de todo o meu ser. É loucura. Mas em partes é bom. E por mais que eu queira sair desse mundo, que eu queira fugir dos fantasmas, não iria adiantar. Os fantasmas estão dentro de mim, e não há maneiras de fugir daquilo que vive preso em nós. Também não posso fugir das lembranças, dos sentimentos que ainda me torturam e tampouco posso me livrar da saudade. Mas quando a saudade começa forte demais, a gente desaba, transborda. Como se fosse simples não sentir, posso querer controlar o que tenho dentro de mim, mas não posso impor algo impossível. Ele ainda está em mim e sei que ele ainda pensa em mim. Sinto a falta dele, mas não preciso dele para poder seguir a minha vida. Sigo assim, vazia, esgotada. Sem medos, anseios e sem vontade de continuar viva.

Emily Cohen 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Agora ?

E é essa sensação de que não temo nada mais, nem mesmo a dor, nem mesmo o amor. Não temo o medo de arriscar e nem o medo de não me deixar arriscar. Eu não temo mais. O que eu tenho que fazer eu faço, o que eu quero sentir eu sinto. Não é apenas um sentido racional, mas é uma maneira de me sentir segura comigo mesma. Uma forma de me proteger. E eu não irei mudar os meus conceitos, não irei mudar as minhas virtudes, os meus anseios e apelos por ti. Apenas sigo meu caminho. Eu irei me descobrir, me inventar e reinventar. Irei ser o que sempre fui, mas mais madura, mais astuta. É impressionante como tudo parece fazer sentido agora. Agora que não sinto, agora que sentimentos não passam de uma farsa. Só me diz o que você fará com a sua vida? Irá ficar, seguir ou desistir ? A escolha é sua, as atitudes são suas. O medo é seu. E o coração é meu.

Emily Cohen

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Café passado


Depois de uma noite inteira de amor, acordo de manhã olho pro lado e você não está lá. Me desespero um pouco, mas me levanto meia sonolenta, vou até o banheiro lavo meu rosto e me olho no espelho. A felicidade hoje me consome, e eu ouço você lá da cozinha me chamando: - Querida, eu fiz o nosso café!  E meu coração dispara. Seco meu rosto, visto aquela camisola, coloco os chinelos, e desço as escadas. Te olho e você diz: - Você é tão linda quando acorda e tão linda quando dorme, você é linda de qualquer jeito! Desço num pulo pra perto de você e lhe dou um abraço , te beijo, te sinto. Respiro fundo e sinto cheiro de café passado, café amargo. Sento-me a mesa, e te observo. Como algumas bolachas, tomo seu café amargo. E me sinto incrivelmente leve, feliz. Em paz. E isso só acontece quando você está aqui, perto de mim. Pode até parecer loucura, mas meu amor, é só você que consegue cuidar de mim. É só você que consegue me fazer completa. Eu te amo e é simples como o café passado, e ás vezes transborda em mim. Esse amor é grande demais. É profundo demais. E é tão simples. É tão meu, é tão nosso.

Emily Cohen

domingo, 4 de dezembro de 2011

Não importa

E é essa vontade de te ter aqui perto que não me deixa desistir, não me deixa desistir do teu olhar, do teu sorriso. É essa mesma vontade que me faz querer sempre colocar um sorriso no seu rosto. E machuca todas as vezes que a gente briga, ficar longe de você. Eu espero que um dia você possa estar do meu lado e que queira estar aqui, como eu quero estar do seu. Não quero que suma da minha vida. Quero que seja constante, presente. E totalmente entregue a mim, não quero mais ter que acordar todos os dias e não ver você lá me acordando. Não quero ter que viver minha vida sem você. É tão simples pra mim, vir aqui e escrever, mas fica complicado tentar demonstrar, mas eu estou tentando mudar, estou tentando mudar por você. E é só você que me faz querer correr atrás. Me seguro demais pra não mandar sms's a cada 15min, ou a cada vez que lembro de você. Eu espero que não seja tarde demais para eu poder demonstrar esse amor que eu tenho aqui. Não precisa largar tudo pra ficar comigo, só diga que fica do meu lado quando eu precisar e que quando eu estiver sofrendo por você, por favor, seja a pessoa que eu possa contar. Só saiba que eu te quero, mesmo não podendo e mesmo tentando não ligar. É tão difícil ficar longe de você. É difícil te ver e não sentir o seu abraço.

Emily Cohen

sábado, 3 de dezembro de 2011

Só ela

E aquela ardência sobe pela garganta quando ela aproxima seu corpo do meu, aqueles lábios tão chamativos e tão naturais dela, me enlouquecem. Ela provoca, eu provoco. Mais algumas caricias, mais alguns beijos, mais alguns copos de whisky. E eu não me importo de estar com ela, ela sabe me fazer bem, ela sabe ativar o fogo que sai dentro de mim, e eu sei que é só ela. Só ela. Aquele jeito que ela acaricia o meu rosto, o toque das suas mãos tão macias passando pelas minhas costas. Aquele perfume de mulher que só ela tem. E aquele beijo. Aquele beijo que pertence só a mim e mais ninguém. A cada movimento uma nova sensação, a cada toque um novo sentimento, a cada palavra um novo começo. E ela sabe exatamente do que eu preciso, ela sabe exatamente o que eu quero. Ela sabe como eu sou, ela sabe os meus gostos. Ela me conhece bem. E só com ela que isso acontece, aqueles suaves carinhos com toque de amor me matam de alegria. E eu quero ela, e é só ela.

Emily Cohen

Tudo o que eu sentia


O pior é saber que tudo o que me dizia era mentira. E saber que eu estava certa desde o começo, mas você me fez acreditar que eu era a errada, que eu tinha colocado seus sentimentos no chão. Mas quer saber, eu cansei de ser a pessoa que as outras não dão o valor, posso ser muito melhor que você. Um dia você irá acordar e vai se arrepender de cada segundo que ficou longe de mim, e ai você verá o quando vai doer. Você vai ver como será torturante me ver nos braços de outro(a) , e se arrependerá amargamente de tudo o que me fez sentir e de todos os sentimentos que você jogou pro vento. Você quis assim, não estava disposto a jogar tudo pra ficar comigo, então agora também não estou mais disposta a jogar tudo pro alto pra ficar contigo. Porque quando eu disse que eu te amava, era verdade, mas quando você disse que me amava, era apenas uma brincadeira. Você feriu o resto de sentimento que ainda me vazia quente. Agora isso acabou. Vou voltar a minha antiga vida, ou melhor, irei mudar completamente a minha vida. Mudar de cidade, fazer novos amigos e quem sabe encontrar alguém que dê o valor naquilo que você deixou escapar, e estava tão fácil pra você me ter nas mãos. Se não fosse tão estúpido, se não fosse tão idiota. Agora já era, não vou parar de viver pra correr atrás de você. Não vou parar para te esperar. E se um dia nossos caminhos se encontrarem de novo, eu espero que você esteja feliz. Onde estiver, eu espero que esteja feliz. Porque apesar de tudo eu te amo e te quero bem, só não te quero pra mim, porque nós não fomos feitos um pro outro. Eu não fui feita na sua medida e você não foi feito na minha medida. Simplesmente, caminharei em rumo ao destino que eu escolhi. E de agora em diante será totalmente diferente do que eu planejei. Agora será só meu e de mais ninguém. Seguirei sozinha.
Mesmo assim o pior de tudo, é lembrar todas as manhãs que eu entreguei meus sentimentos a você, que eu demonstrei e você simplesmente o traiu, isso é que dói mais.

Emily Cohen

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sem nexo

Sabe o quanto dói olhar pra você e não poder nem ao menos te abraçar ? Sabe o quanto dói ter você tão perto e ao mesmo tempo tão longe? Sabe o quanto me tortura não poder te ter em meus braços ? Não, você não sabe. Não sabe nem um terço do que eu sinto aqui. É forte demais pra se expor assim aos ventos. Eu não quero te perder agora, nessas horas de confusões, mas você não entende, você teima comigo. Mas quer saber o que mesmo acontece? É que você faz isso pra me torturar mesmo. Faz isso só por diversão. Por consagração. Me desculpa, mas no seu jogo eu não vou cair. Não me importo de me privar dos meus sentimentos, mesmo sentindo, vou continuar negando. Porque no fim, você dormirá chorando e durante a noite, um tipo de magia irá invadir sua cabeça e te fará me esquecer, te fará desistir de mim. Porque todos desistiram. E eu já estou cansada de me importar e por isso eu preciso ir embora. Vou voltar pra casa. E  depois, construir a minha história, o meu lar, minha vida, sozinha. Eu posso te ver ainda, mas não posso te sentir. Eu preciso de você aqui, mas não posso mais precisar. Então por favor, seja verdadeiro, diga-me o que passa nessa sua mente, nesse seu coração, mas me diga a verdade, e não o que eu quero ouvir. Porque eu estou cansada de coisas passageiras e sem sentido algum.

Emily Cohen

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cinzas

Eu tô tentando me controlar. Eu tô tentando não pegar o carro e sair pelas ruas. As pessoas não sabem um terço do que eu passo aqui dentro de mim. É medo, muito medo de dar tudo errado de novo. É medo de sofrer demais. É medo de sofrer demais. É angústia, é aperto. É saudade. É sei lá, nostalgia. É mais medo de que algo dê errado, medo de que tudo volte a ser como antes. Medo de não sentir, medo de não persistir. E será que você vai me abandonar? Será que você não vai desistir de mim? E por favor, diga que não. Diga para mim que dessa vez, realmente, será diferente. Me faça acreditar de novo nesse amor, me faça viver. Acenda essa chama que há muito tempo virou cinzas. Por favor, não me abandone. Fique mais.
O problema é que eu já me apeguei ao teu sorriso, ao teu olhar, ao teu rosto, á você. Mas acho que você não dá a minima. E quer saber, deixa assim. Deixa, porque quando eu me cansar e virar as costas, você vai vis atrás de mim.

Emily Cohen

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pelo mesmo medo


E aqui juntas estamos, mais um vez, talvez sentindo as mesmas coisas e talvez sofrendo juntas, pela mesma coisa, pelo mesmo medo. Sentindo talvez uma dor, uma insegurança, querendo sentir algo a mais, mas com medo de que algo dê errado, de que talvez nem venha a acontecer, de que nossos sentimentos sejam expostos em vão. Com medo de se expor pro mundo e talvez não ser reconhecido. Medo de que tudo aquilo que nos protegemos até hoje venha nos machucar. Talvez nem seja medo, talvez seja proteção, ânsia de ser feliz agora, porque a muito tempo não sabia o que era felicidade. Medo de algo novo, medo do desconhecido. Medo de que tudo o que "guardamos" para nós mesmo, todo esse medo que há em nós, possa nos machucar, possa nos fazer sentir a dor que a algum tempo atrás sentimos. Medo de que as pessoas que mais pensamos, possa nos fazer sentir essa dor, essa grande dor. É um simples medo, mas que mesmo assim machuca, que pode acabar com tudo em apenas um segundo.Uma simples palavra, um simples gesto ou até mesmo um simples olhar.
Uma noite inesquecível em que estamos juntos felizes e depois a falta da presença de alguém que precisamos muito. Um amor ou uma paixão. Quem sabe o impossível não aconteça ?
Ou seja só mais um medo, esse medo que talvez possa acabar com tudo, com uma palavra dita, um gesto na hora errada, um lugar errado. Medo de que isso seja apenas um teste, uma forma de acabar com a solidão, que talvez permanecerá por muito tempo, por causa desse medo absurdo de amar novamente, de sentir talvez que ninguém será capaz de nos fazer feliz, de que todo mundo vai nos machucar. E que a solidão vai voltar, e que talvez não ir embora mais.
Tudo o que ocorre dentro de nós, que apenas nós sabemos, isso tudo só irá nos deixar mais frias, intolerantes. Uma coisa que só nós sabemos como lidar, ou talvez nem isso. Acho que só precisamos nos sentir amadas e, assim, poder amar.

Emily Cohen e Letícia Marinho
 

sábado, 19 de novembro de 2011

Eles eram dois


Então eram dois, eram um, eram eles. Mas algo os impedia de ficar juntos, talvez o medo de amar ou o medo de sofrer. Eles eram um, mas ao mesmo tempo eram dois. Não se entendiam, não se acostumavam. Tinha seus laços atrelados um ao outro. Seus corações eram presos uns aos outros. Diziam ser feitos um para o outro. Eram leais, eram eles mesmo quando se tinham um ao outro. Mas um dia, bateu forte aquela angústia, ela então, resolveu deixá-lo. Ela o deixa, sem explicação, apenas o deixa. Talvez porque a angústia seja grande demais ou medo, até mesmo insegurança. Ela o deixa. Assim, sem mais nem menos. Ela não acreditava mais em "nós". Ela insistia em não se animar, ela não queria se perder em sonhos, ela queria algo seguro, fixo, algo que não acarentasse dor. E ele, apenas, a deixou ir, não a impediu, não foi atrás. Os dois se amavam, os dois tinham que saber, todos sabiam que ele a amava e que ela o amava, menos os dois. Eles eram dois, agora são só um. Agora é só dor e saudade.

Emily Cohen

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não agora


O que é essa coisa que cresce dentro de mim? O que é essa angústia que me sufoca? E essa vontade de te ter? E esse medo de te perder? Eu só não sei que fazer. Eu não quero voltar a morrer, não agora, não de novo. Então , por favor não me venha com aquela história: - O problema sou eu, não você! Eu não caio nessa.
Me desculpa por ser obsessiva e tão impaciente, me desculpe por fazer tudo na hora errada, e me diz que você não vai me deixar, não agora. Eu sei que um dia você vai embora, só espera um pouco. Deixa eu sentir um pouco mais de você, deixa eu ter um pouco mais de ti. Eu não quero morrer de novo, não agora.

Emily Cohen

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aconchego

Ei, menino.
Pode entrar. Seja bem-vindo. Se aconchegue aqui, fique a vontade. Entre, sente no sofá, coloque os pés pra cima, pegue uma almofada, brinque com o cachorro, faça o que quiser. Fique a vontade. Revire tudo, bagunce meu quarto e meu cabelo. Pode abrir a geladeira e pegar uma cerveja bem gelada. Aqui é tudo seu também. Entre, não fique ai só me olhando. Se aconchegue na poltrona, te trago café se quiser. Entra e fica a vontade. A casa é sua também. Só não mexa naqueles papéis. Porque eles escondem o passado. Só não veja aquelas fotografias, elas machucam aqui dentro ainda. Mas fique a vontade. Ah, não entre naquela sala, ela guarda alguns segredos, mas fique a vontade na minha casa. Pois minha casa é sua também. 
Sinto muito se não posso destrancar aquele comodo, mas é que meus medos estão trancados lá sabe, e se eu abrir cai tudo. Desculpe não poder abrir aquela sala, mas é muito cedo ainda pra descobrir os meus segredos. Não quero que mexa nos papéis do passado, porque eles são complexos demais pra você entender e talvez porque não queira que fique no meu passado. Me perdoe se não quero que mexa nas fotografias antigas, é que nelas eu tenho um sorriso feliz, e isso dói de lembrar, porque eram falsos sorrisos, elas ainda escondem o meu todo. Mas, por favor, sinta-se a vontade, tome meu café, coma minha comida. E se não gostar, diga. Porque melhorarei, pra sua próxima visita. Menino, fique a vontade, a casa é sua e meu coração também. 
Ei, menino, se aconchegue por aqui, aqui no meu abraço.

Emily Cohen

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eu lembrei de você


E esse coração que começou a disparar ao escutar o telefone tocar, disparou na esperança de que fosse você. Ele disparou por ouvir seu nome, ou lembrar dele. É maldade isso, é saudade, eu não sei. E eu lembrei de você. Sua falta hoje me incube a pior missão da face da Terra : esquecer !
Esquecer que eu era, esquecer quem você era, esquecer o presente e o passado, esquecer você. Porque eu sei que você já cumpriu essa missão, você já me esqueceu. E esse dia chuvoso me faz lembrar do seu olhar, de quando nós ficávamos sozinhos, apenas a esperar. E esse frio, ele sim me faz lembrar. Lembrar do abraço apertado. Mas eu tenho que esquecer, ou aquecer. Sei lá, só sei que hoje eu lembrei de você.

Emily Cohen

domingo, 13 de novembro de 2011

Futuro

Eu tenho medo de me apaixonar por você, tenho medo de me magoar, tenho medo de te magoar. Tenho medo de te ter e depois você sumir , assim sem avisar. Tenho medo de você ir embora. Você pode até achar bobagem, achar criancice, pode até ser, mas mesmo assim eu sinto. Porque tudo que eu escutar saindo da sua boca , vou acreditar, mesmo não podendo, mesmo você me dizendo que não é certo...

Amor, diz pra mim que vai voltar pra me ver. E quando eu não estiver bem, fica do meu lado. Meu medo é grande, mas minha vontade de me entregar pra você é maior ainda. Eu não quero que isso passe rápido, quero que seja real, verdadeiro. Amor, fala pra mim o que você quer, que eu faço. Não me importo que o que você quer seja uma concha do mar, eu vou buscar. Seja minha criança, porque assim eu poderei cuidar de você e te proteger, te aconchegar em meus braços e dizer:  -Querido, você é meu anjo.


Hoje, você me faz sentir aquilo que a muito tempo eu não temia, não temia sentir medo de perder alguém. Você me fez pensar no futuro. Me fez repensar o que fazer , me fez querer você muito mais meu.

Emily Cohen

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ei, amor. 


Sabe quanto tempo que a gente não se fala? Muito, né. Eu sinto falta de você. Bateu aquela vontade tua. Sinto falta do seu abraço apertado. Dos seus olhinhos fechados enquanto eu acariciava teu cabelo. Sabe o que eu lembrei ? Lembrei da noite em que estávamos sozinhos, na praia, olhando o céu e as estrelas, as ondas tocavam nossos pés e você me dizia que aquela era a melhor sensação do mundo. Senti falta daquela sensação de novo.  Mas quer saber, eu esqueci. Esqueci o mal que você me fez quando partiu, esqueci as palavras jogadas foras, esqueci das chateações e das preocupações. Mas as coisas que eu realmente deveria esquecer, sabe, eu não esqueci. Não esqueci do teu cheiro, do teu sabor, do teu sorriso ou do teu amor. Não esqueci o quanto eu era feliz quando te tinha por perto e do quanto a falta de ter você apertava por olhar apenas por uma chamada de vídeo na internet. Não esqueci daquelas noites, não me esqueci do deveria esquecer.
Mas sabe de uma coisa ? Eu me acostumei a não te ter. Já faz um tempo isso. Só não consegui me acostumar comigo, com a ausência. Não acostumei olhar pro lado e não ver você. Afinal, já fazia parte da minha vida, né.
Mas eu encontrei um caminho, meio sem rumo , sabe. Meu caminho teve curvas, desvios, montanhas, paradas. E eu continuei, continuei tentado encontrar você. E sabe que eu deixei um pouquinho de mim em tudo o que passei, todos me sentem agora, graças a você. Meu erro foi olhar pra trás e ver que você ainda estava lá, porque não consigo te apagar da memória , do passado. Só me diz uma coisa, amor : Você ainda lembra de mim?  Lembra de quando eramos felizes juntos ? Lembra de tudo ? 
Você ainda faz parte de mim, agora é apenas eu, sem você. Eu sinto sua falta, amor. Volta pra casa, volta pra mim. Isso mata, isso me enlouquece. Acordar sentindo sempre o mesmo desconforto. Sabia que eu ainda te amo ? Pois é, amor. E sabe por que hoje eu sou assim ?
Porque um dia eu te amei demais. Porque um dia você fez parte de mim. Sinto sua falta.

Com carinho,
Saudade.

Emily Cohen

sábado, 5 de novembro de 2011

...

Eu sei que eu não vou conseguir ser forte o tempo todo. Eu sei que eu não vou poder levar o mundo todo nas minhas costas. Mas desta vez é diferente, eu terei que lutar. Sozinha. Contra a guerra entre o céu e o inferno, terei que lutar contra anjos e demônios. Terei que lutar contra os meus demônios, terei que ser o mais forte do que já imaginaram, terei que ser forte por todos. Dessa vez é diferente. Terei que me erguer a cada tropeço sozinha, terei que caminhar com o mundo em minhas costas, pesando demais com meus pensamentos, pesando demais com meus lamentos. Dessa vez eu não posso chorar, dessa vez eu não posso pedir por algo além. Dessa vez é apenas eu. Apenas meus medos. E enfrentarei isso sozinha. Não que eu já não tenha me acostumado a enfrentar o mundo sozinha, só é diferente. Precisarei ser mais forte do que , até mesmo eu imagine. Preciso me recompor, me repensar e enfrentar isso. E vencerei essa guerra, porque as estrelas ainda brilham, mesmo com toda a escuridão. E eu sei que elas estão ao meu lado. Lutarei.

Emily Cohen

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

É assim que eu te quero

Diz pra mim que eu não vou ser a pessoa que você irá magoar. Diz pra mim que eu não serei aquela que você irá abandonar. Diz que eu não serei igual às outras. Diz que eu farei a diferença. Diz que o que sente é real. Ou diz que o que sente é confuso, mas bom, delirante, sufocante. Diz que vai sentir saudade, dia após dia, que passar longe de mim. Diz que irá me ligar. Mas não só diga, cumpra o que disser. Eu só quero alguém que comece realmente a fazer a diferença na minha vida, depois de todos aqueles que me magoaram, seja aquele que me diga que não há hora nem lugar para amar, que apenas acontece. Diga que não passará só o outono a me amar, mas diga que me amará no inverno, no verão e na primavera. Mas não só diga, cumpra. Eu te quero. Simples assim e não vou só dizer, vou demonstrar e te conquistar. Porque eu quero que seja diferente dessa vez, eu quero que seja meu, quero que seja real. Quero que seja eu e você, quero que seja nós. Só esteja aqui presente e diga que não vai embora tão cedo, diga que não irá desistir de mim quanto todos já desistiram. Diga que será meu, diga que será todo meu. Diga que ficará, mesmo que for pra sempre. Diga que me levará pra ver a lua e o mar. Diga que será constante, diga que será eterno. Mas se não quiser, diga também. Não importa, só diga. Apenas diga.

Emilly Cohen

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

You were my fire.

Você foi o meu fogo, que queimou em mim. Assim, sem pretendente, sem controle. Você me deu a esperança, me deu força e depois desistiu de mim, me deixou. Mas eu continuei queimando, assim sem controle. Eu continuo te vendo, mas não posso mais sentir você. Continuo precisando da sua presença, mas eu não posso mais. Não posso mais caminhar sozinha. Já se passou tempo demais desde quando você se foi. Me deixou de mãos atadas. O que você quer ouvir ? O que você quer saber ? Eu estou cansada demais pra poder continuar. Então, eu vou embora. Não dizer adeus novamente. Mas mesmo assim eu vou caminhar, até a minha casa, até o mar, eu não sei ainda o rumo que minha história tomará. Porque o calor que eu tinha em mim, era você que dava, era você que aquecia esse corpo, era você que movia. E como todo o "pra sempre",  esse também se desfez. Eu queria poder continuar, mas a dor de uma nova perda será inevitável. E eu não irei suportar te ver indo embora, de novo. Você me deu paz, me deu força, me deu esperança de que poderíamos rodar, mas você arrancou tudo isso como se não significasse nada pra você. Você me fez queimar, você me fez chorar. O nosso amor queimou com a sua arrogância e agora tudo o que temos é cinzas. Por isso eu vou embora, nem que seja só pra tentar não lembrar, eu não quero uma outra despedida. Eu não vou aguentar.

Emily Cohen

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tempo arrastado


É engraçado como o tempo passa diferente quando você está sozinha. Passa arrastado, meio avoado, abobalhado. Agora, aqui , sentada sozinha em frente a uma Matriz. Com pessoas passando depressa, carros e motos. Com o som dos pássaros, eu tento relaxar, mas o barulho da sua voz insiste em surgir em minha cabeça , da mesma forma que o ronco de um motor ou o som alto de um carro. Sento-me aqui, isolada da civilização. Isolada da argumentação. Apenas estou aqui, e viajo dentro do meu próprio mundo. Tentando achar lógica, tentando achar os erros e o recomeço. Tentando encontrar a mim. E quando eu fico assim lembranças boas me veem. E quando eu fico assim, consigo te ter perto de mim. É o única tempo que eu tenho totalmente só. Só eu e meus pensamentos soltos ao vento. E minhas palavras presas com tinta no velho caderno. A noite está chegando calma e serena. As cigarras cantam , ao som dos pássaros.

Badala o sino das 18h30. As luzes se acendem, deixando o lugar mais romântico. Crianças brincam livremente entre as árvores e os bancos. Enquanto casais apaixonados se beijam em frente à mim. E eu aqui, sozinha , observando os focos, as luzes, os bichos, as pessoas. Observando a mim.

Acho que eu ainda espero que você apareça, acho que é por isso que fico aqui. Meus devaneios continuam, meus devaneios se misturam e por um instante pensei que era você que vinha em minha direção. A lua brilha forte, agora, sobre meus olhos. E eu ainda olho com a esperança que você me apareça e mude este contexto.

- Sinto lhe informar Coração, mas ele não vem!  - diz minha cabeça. E meu coração acelera com o resto de esperança que ainda o tem. E vai ser assim, acho que ainda vou lhe esperar. Meio abobada. Sentada na praça esperando você aparecer.

Emily Cohen

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Infância Infanta.

"Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar".   É infância velha, esquecida, adormecida. Infância desguarnecida , infância doida. Infância infanta, infância infantil. Apenas Infância.

- Vamos, venha. Vamos correr de um lado para o outro, sem nos preocupar com a contas vencidas do fim de mês.

Ande, corra, pule, brinca, lembre que um dia tu já foste feliz. Tu já foste criança. Tu já foste infanta. Pura. Olhe no olho de uma criança e veja a verdade nos olhos negros sinceros. Veja o doce balançar dos cabelos esvoaçantes ao tocar o céu com o carrossel. Deseje novamente se sujar de lama. Queira reinventar brincadeiras de lavadeiras.

- Venha brincar com tu infância jogada as memórias guardadas. Venha relembrar de como eras criança. Pura e inocente.

Corre com teu passado, brinde teu futuro e morra no presente. Tua infância lhe guarda com ela. Mas ti, guarda contigo tua infância ?  Somos pequenos agora que somos grande... mas eramos grandes quando na verdade eramos pequenos. Abandona-te o choro da dor de um ralado e agora sofres por massacrar-te o peito. Preferes morrer jovem ou viver velho? É a tua escolha, é o teu destino, é a tua infância. É bela, é rica, é sua, é dela, é dele, é nossa. Infância Infanta

Emily Cohen

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cheiro novo de coisa velha.



Sinto falta de quando eu era feliz, em que não havia corações partidos ou decepções. Sinto falta de encher a cara e não dever isso à ninguém, de ir em shows de rock e me drogar até cair. Sinto falta de sair com os velhos amigos. Sinto falta de agarrar meninos e meninas. Sinto falta do que eu era. Sinto falta do que você era. Sinto falta de você. Sinto falta de nós dois. Sinto falta das sensações, das borboletas no estomago, do frio na barriga, dos arrepios na epiderme, das provocações tuas e do tesão. Sinto falta do gosto exótico do teu corpo, do cheiro de perfume do teu pescoço, daquele sabor da tua boca. Sinto falta de você. Sinto falta do prazer das coisas, prazer de sentir teu corpo no meu. Mas agora é tarde demais pra mudar o passado, tarde demais pra te ter. E agora tudo o que eu faço é me dar o luxo de ser esquecida, como um porta-retrato com uma foto, de nós dois, envelhecida e com poeira.

Emily Cohen

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Qual será o caminho ?

Então eu, Fernando, me olhei entre dois caminhos. O bom e não tão intenso, e o ruim, mas peculiarmente desejado.  Mas qual será o real ? O verdadeiro ?

Bom e normal : aquele que eu terei um final feliz, sem muitas diferenças, seria monótono. Seria igual aos outros (coisa que eu não quero), uma esposa e um lar para cuidar, três filhos nota 10 na escola, sem problemas adicionais. Estabilidade financeira, almoço na casa da mãe de domingo comendo aquela macarronada. Sem muitos riscos, sem muitas atribuições. Apenas igual, talvez a melhor e a sonhada por todos, mas não a sonhada por mim, aliás sempre fui diferente de todos. A ovelha negra da família, o cara que sempre chegava tarde, que enchia a cara com os amigos e falava das bundas e peitos das mais variadas mulheres. Nunca teria sido o melhor homem do mundo, sempre fui o errado. E agora, se sigo este caminho, me torno igual aos outros. Me torno aquilo que antes abominava ser, me torno NORMAL. E qual a graça de ser normal?  Eu, particularmente não vejo nenhuma. Mas, e se eu seguir este caminho ? Com mulher e filhos, será que serei assim tão feliz? Será que meu final será sentado em uma varanda de mãos dadas com a minha "véia" e dizendo a ela: "Olha, querida, nós conseguimos isso, e juntos. Eu te amo minha "véia" ! " . Ela, então vai olhar pra mim com um sorriso murcho, e com as mãos tremulas encostará com muito esforço em meu rosto e ela dirá: "Juntos, assim pra sempre. Eu te amo meu "véio" ! ".  E vendo nossos netos, incansáveis correndo pelo quintal, observaremos o pôr-do-sol. E assim acabaremos deitados em nosso sono eterno, um ao lado do outro. Com um ar de alivio e de conformidade. Pedindo pra que lá em cima estejamos juntos de novo.

Ruim e peculiar: é esse onde passarei as melhores aventuras, onde me machucarei, aprontarei e provarei dos pecados da vida. Bebidas, mulheres, drogas, sexo, rock `n` roll, a minha rotina normal. O filho mal educado, o cara sem medo, sem se prender a nada. Até acabar com meu corpo, com meus sentimentos. Uma hora eu cansarei dessa vida, e ai conhecerei aquela mulher da qual me levará a um outro nível. Uma punk , que escuta Ramones e Sex Pistols, e que não tem medo de enfrentar as pessoas. Aquela que me levará a descobrir os sentidos de tudo, que mesmo se fazendo durona, ainda sim consegue ser serena igual á um anjo. E ai então casaremos. Teremos nossos três capetinhas, que puxaram mesmo pros pais, piores alunos da sala, música alta e banda de garagem, ao invés de estudar. A mulher linda cheia de pircing  vai estar em casa tomando uma cerveja e fazendo a janta, enquanto eu vou estar no meu estúdio de tatuagem , ao som da banda dos meus três filhos, nos quais a vocalista será a minha filha do meio, o guitarrista o mais novo e baterista o mais velho. Estaremos felizes. Sem ver o pôr-do-sol, mas felizes. E ficaremos velhinhos, com os cabelos pintados e com cortes moicanos. Não me importa o que falarem, ainda sim estaremos curtindo nossos shows punks, e pularemos juntos com os nossos filhos e netos (que seguiram a geração da familia). E então, eu e minha punk , morremos ali no meio de um bate cabeça, por tomarmos porrada demais, cairmos e sermos pisoteados. Morte divertida e ao lado dela, no nosso enterro tocará "Pet Sematary" do Ramones. E por fim chegaremos ao inferno com uma entrada triunfal ao som do AC/DC  com "Hells Bells". E seremos eternos.

Serei feliz a qualquer caminho, mesmo sendo um certo e um errado. Farei com que , independente qual seja o caminho, farei dele o certo pra mim, mesmo sendo errado para os outros. Serei fiel aos meus desejos e aos meus conceitos. Serei apenas eu , lutarei pelo que acho justo e certo (nem tanto certo) , mas lutarei para traçar o meu caminho e ser feliz, independente de estar sozinho ou não.

Emily Cohen

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A morte de Daniela

Então a lua não surgiu e seus olhos flutuaram pelo negro e imenso céu. Ela estava saindo da escola, sorria como se a dor não existisse, se fazia forte para não dar explicações e não dava explicações porque queria estar forte. Mesmo com o seu interior estraçalhado pela dor, ela sorria e fingia estar bem. Todos acreditavam, porque ela era uma ótima atriz. Quando ela sentia que estava preste a botar tudo pra fora, toda a dor e angústia que tinha, ela se trancava dentro de si. Morria sozinha. Mas ela continuava fingindo, continuava agindo como se fosse a pessoa mais feliz do mundo. Mas isso um dia explodiu, e foi nesse dia , que a lua não surgiu, que ela não se aguentou. Enlouqueceu. Saiu da escola de noite, e andou sem rumo pra sei lá onde e veio parar aqui. Uns dizem que ela tinha problemas psicológicos, outros diziam que era louca, mas só eu a conhecia bem pra saber que não era nada disso. Era dor, ela sentia dor. Então ela parou aqui, meio sem rumo, sem noção das coisas.

Sentada na calçada agora ela chorava, se batia , se machucava. Olhava o céu, olhava a rua. Olhou tudo, observou tudo, ainda soluçando de tanto chorar, começou a crise. Crise de existência, crise de carência, crise de solidão. Ela sempre foi sozinha, e já estava cansada de caminhar só. Por isso enlouquecera. Por isso morria sozinha. Mas foi ela quem escolheu assim, levava uma vida miserável, mas tinha tudo o que precisava (ou quase tudo) : tinha casa, roupas novas, mãe, pai, irmãos, cachorro, quarto, carro. Mas ela não tinha amor. Amor próprio, amava as pessoas estranhas, repugnância às pessoas que a amavam, queria aqueles que não podia querer. Amava os outros , não pensava nela. E ela enlouqueceu. Seu espírito indomável se entregou aos braços do mais belo homem, que sem piedade o arrancou e levou consigo. E a deixou-a lá, enlouquecendo. Dizem que ela era linda, dizem que nunca se apaixonava e que era durona demais pra isso. Não se privilegiava dos sentimentos de amor. Sabia viver bem, até ele aparecer. Ainda sentada na calçada, parecia perdida em meio ao negro céu. Eu a observava de minha janela, tive medo de saber o que pensava. Então ela ficou lá, até morrer. Ninguém sabe dizer o que causou sua morte, se foi doença, frio, fome, mas dizem que não foi aquela noite que a matara, mas sim aquela vida que levara. Dizem que ela já estava morta consigo, e que isso era a pior morte que se tinha. E assim morreu Daniela, sem explicações, com muitas contraversões, mas sem opções. Daniela era menina forte, era. Era menina. Daniela se foi.

Emily Cohen

sábado, 10 de setembro de 2011

Deixe-a

Mais uma vez ela está sozinha, mas dessa vez é diferente. Ela se sente bem, mesmo estando sozinha. Então ela coloca o seu fone de ouvido e esquece que o mundo lá fora existe, ela coloca o seu Rock 'n' Roll pra tocar, e agora só existe ela e a música dela. Tudo some quando ela se prende dentro de si. A vida se torna mágica, diferente. A vida se torna peculiar, diferente do que ela enxerga lá fora, diferente do que ela vive. No mundo dela existe mágica, existe fadas e duendes. No mundo dela não existe diferença, existe apenas ela. Ela viaja com a alma, ela cria asas e seu corpo flutua dentro da imaginação. Ela se sente leve, não direi completa. Mas ela continua sozinha. Uma hora ela irá voltar. Ela cria , reinventa, solta seus sonhos e viaja em si. A música rola, o corpo relaxa e os sonhos renascem. Mas querido, isso não vai fazer sentido depois que ela acordar, depois que ela voltar. Então, por favor, a deixe só, pelo menos a deixe tentar ser feliz, deixe-a viajar consigo mesma. Deixe-a. Deixe-a.

Agora ela enxergar o azul do mar se misturar com o azul do céu, aquela mistura de sensações, aquela mistura de cores. Ela vê o sol se pôr. Ela vê a lua surgir e agora com a noite, o reflexo do céu estrelado ressalta no mar e enquanto as ondas tocam os seus pés ela sorri, ri, brinca, ela é criança apaixonada, aquela viagem valeria mais que ouro, mas que qualquer coisa. Ela, então, olha em volta e se vê incrivelmente leve, como se pudesse voar e tocar o céu , e ao mesmo tempo tocar o mar. Ela olhava a lua no céu , e olhava a lua do mar. Ela queria subir aos céus, ela queria descer ao mar. Ela queria a lua do céu e ela queria a lua do mar. Em êxtase ela deliria entre as ondas e as estrelas. Ela viaja. Ela viaja.
Agora ela é livre dela mesma. Agora ela é livre de tudo, mas ela não volta ao mundo real. Ela vive assim, no mundo imaginário dentro dela, com o jeitinho todo dela, ela vive, agora, feliz. Feliz. Mas, querido, não completa. E a madrugada acaba quando a lua se poe, mas o dia renasce e ela renasce junto. Cada dia se reinventando, cada dia crescendo e cada dia vivendo.

Emily Cohen

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

I think about you all the time.

Eu fiquei aqui, olhando essa página em branco e pensando em qual seria o próximo assunto a escrever, mas quer saber o que me veio na cabeça: você. Você é a unica coisa que fica em minha cabeça. Eu juro que eu disse a mim mesma: não vou me deixar abater, não vou mais pensar nele, não vou mais escrever sobre ele, não vou me rebaixar a ele de novo. Mas aqui está o resultado, meus olhos com lágrimas e meus pensamentos doidos com a tua ausência, minha consciência pede a tua presença , grita por tua presença. Eu disse a mim mesma que você não me machucaria mais. Mas você tem feito tanta falta. A chuva veio pra diminuir a angústia, a chuva veio pra levar com a água corrente minhas lágrimas, mas ela devia ter levado meu amor. Desculpe , mas eu tentei não te amar, eu tentei não me apaixonar, mas eu não consegui , eu te amei, eu me apaixonei.

E foram todas as vezes que na frente do espelho eu ensaiava o que iria te dizer, mas é sempre quando eu te vejo minha voz perde a força, minhas pernas perdem os movimentos e eu perco os sentidos. E sem sentidos eu perco o chão, eu perco o mundo com um olhar, com apenas um olhar seu. Eu não sei se vou suportar esse amor e a dor que ele causa. É loucura demais pra mim, sentir isso. E eu, que sempre fui do tipo que não se apaixona, e você com esse jeito simples e com esse olhar, me levou a descobrir o que era o amor. Talvez eu não te tenha mesmo, já me convenci com isso, mas sei que nunca vou me esquecer de você. Uma hora a dor passa, ou melhor uma hora eu me acostumo com a dor. Eu só acho que eu to cansada de sempre estar sozinha. Mas , eu ainda sim, penso em você o tempo todo.

Emily Cohen

domingo, 28 de agosto de 2011

Dura realidade.

Hoje eu sonhei contigo, sabe mas não foi um sonho daquele normais, foi um sonho perfeito, foi o sonho em que você estava nele.
Deitei na cama com a cabeça a mil, o coração apertado e os olhos inchados (acho que de chorar). Deitei e dormi.

'Estamos sentados assim, um de frente pra o outro,  você me olhava fixamente e eu, boba, não conseguia tirar os olhos do teu olhar. Você me disse que precisava de mim. Mas eu sempre estive lá pra te ajudar. Entramos no seu carro e rodamos a cidade. Encontramos uns amigos, bebemos e nos envolvemos naquela adrenalina. Voltamos ao inicio, você em minha frente. Dizendo , ainda, que precisava de mim. Eu disse que sempre estaria lá pra te ajudar, no que fosse necessário. Um breve silêncio começou a gritar entre nós e o vento soprou mais forte. Aquele arrepio subiu em minha pele e eu tremi um pouquinho, o frio aconchegou-se em mim. Você me abraçou e nisso a luz do luar encostou nossos corpos. Eu me afastei um pouco de ti , queria ver os seus olhos, que agora choravam. Te abracei um pouco mais forte dessa vez e repeti que estaria sempre ali contigo. Seus olhos derrubaram lágrimas, e meu peito se acelerou , se apertou um pouco mais. 'Eu te amo' saiu suave e tão verdadeiro dos meu lábios. Você me afastou de você, meio assustado, olhou em meus olhos e sorrio. Aquele lindo sorriso me deixou paralisada em êxtase. Você me disse 'eu te amo' e me beijou. Me beijou como se nunca fossemos nos separar de novo, me beijou como se fossemos um. Meus olhos choraram contigo. Meus braços envolveram seu corpo e não quis me separar de ti e nem você de mim.'

Mas eu acordei, com lágrimas no olhos e vi que era apenas um sonho. Uma coisa na minha consciência e acabou, eu acordei. Sozinha. Eu , finalmente, voltei a realidade.

Emily Cohen
Querido,

Deixe de ser bobo e venha, venha correndo se quiser, mas venha. Venha ficar aqui do meu lado. Venha ficar aqui. Não deixe eu ir embora, peça para eu ficar. Eu juro que fico , se você me pedir. Te quero aqui, então venha me fazer feliz. Venha me fazer completa.
Não me faça perder a cabeça e virar as costas, e se eu virar me puxe pelo braço e não me deixe ir embora. Não me faça dizer palavras em vão, não me faça falar sozinha, e seu fizer ria comigo. Não me faça parecer uma boba, não me faça de idiota, e se for assim peça mil perdões. Fique aqui, por favor. Eu te imploro , peça pra eu ficar. Eu juto que fico!

De sua pequena B.


Emily Cohen

domingo, 21 de agosto de 2011

Nostalgia de fim de noite.

Sabe quando te dá aquela vontade louca de sumir assim do mundo? Sabe o quando você sente que aqui não é mais o seu lugar? Sabe quando você faz de tudo pra acertar as coisas, e nunca consegue ? Sabe quando você não se sente mais completa ? Sabe quando sempre alguma coisa te faz falta ?

São tantas questões mau resolvidas, tantas histórias destorcidas, tantas vidas perdidas. Olhar em volta e ver apenas o vazio. O eco de uma tv ligada longe de mim, os carros passando na rua, cachorros latindo. É estranho estar sozinha de novo. Em meio a tantas crises, você volta na minha cabeça. Eu tentei te esquecer, tentei não ligar, mas quer saber eu cansei de tentar. Já fiz tanto esforço pra mudar essa vidinha, já tentei ser melhor, já tentei ser pior, já tentei ser mais ou menos. Eu tentei assim : ser eu.  Mas parece que ainda falta muito pra chegar no meu tudo, no meu todo.

Eu levei minha amiga pra casa dela , depois de uma noite de meninas, e voltei sozinha pra casa. E no meio do caminho, com aquele silêncio, com aquele vento gelado e aquele céu estrelado, me veio sua imagem na cabeça, seu sorriso, seu olhar. Eu sorri, meio boba com aquela nostalgia de fim de noite, cambaleei um pouco e me sentei na calçada. Olhei o céu mais uma vez e ouvi o sussurro do vento me trazendo o seu nome. E tudo rodou e voou com o vento mais forte. E aquela vontade de te ter, veio em mim, mais forte do que nunca. Eu chorei por fim, querendo não voltar pra casa, querendo ficar ali sozinha. Querendo você. Por fim, eu chorei, como nunca havia chorado, chorei com o coração apertado, chorei com minha emoção. Chorei , por fim, chorei. Aliviou essa angústia, mas não melhorou nada. E ainda te queria por perto, eu ainda te queria completo. E essa vontade não passou.

Emily Cohen

De qualquer forma.



E de qualquer forma, eu serei essa menina boba perto de você. Você vai me dizer coisas sérias e eu vou ficar com cara de boba olhando pra você e não entendo nada do que você diz. Você vai me contar os seus problemas e vai ouvir os meus, e depois no final de tudo um abraço se faz, ali parados no meio do parque. Eu queria ter você assim em meus braços os tempo todo. Queria te ter por perto, pra que quando eu tropeçasse e não conseguisse levantar, você me desse essa tua força. Essa tua segurança... Esse teu amor. Eu não sei qual é o efeito que você tem sobre mim, se é bom ou se é ruim, só sei que isso não vai passar.


Como é difícil admitir que eu te amo, ainda mais você, esse cara que nem ao menos sabe me agradar, mas que sem querer me agrada. É incrível como essa tua presença me deixa vulnerável, me deixa louca e confusa.É tão estranho essas coisas que eu sinto e você com esse jeito todo de menino...


Eu queria entender porque meu coração escolheu justo você. Porque eu me apaixonei por você. Mas eu realmente não entendo porque esse sentimento foi tomar posse de mim. É tão estranho essa confusão de sentimentos: insegurança, medo , angústia, amor, alegria, segurança ... É tão estranho o efeito que você tem sobre mim. Mas a única certeza absoluta que eu tenho é que você é meu, só meu.Eu não quero ser egoísta , mas eu quero você só pra mim... E ninguém pode mudar o que eu estou sentindo e mudar tudo isso, porque eu simplesmente sei que esse sentimento é bem maior que eu . Então eu sempre guardarei você pra sempre em meu coração e ninguém pode mudar isso.


Emily Cohen e Caio Jung

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Só por um segundo.

Se você não está aqui comigo, eu me sinto tão desprotegida, tão cansada de lutar. Eu sinto como se nada mais valesse a pena , como se cada segundo fosse torturante demais pra poder sobreviver. Seria pedir muito ter você aqui do meu lado , só para me abraçar. Porque quando você precisou eu estava lá pra te abraçar, mas agora que sou eu que preciso você não está. É incrível como sua falta me faz fraca, vulnerável. Totalmente insegura e com medo do mundo real, então eu me tranco aqui dentro de mim, em um conto de faz de conta. E as coisas simplesmente se transformam em pesadelos extremamente horríveis. Mas você não aparece aqui pra me salvar, pra me tirar desse pesadelo, dessa angustia.  Eu queria, simplesmente, não te amar.

Emily Cohen

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Doses de Vinho.

Rotina mesquinha, mesmas coisas, mesmas histórias, mesmas pessoas, quando parece que vai mudar, muda , mas para pior.

Eu não conhecia essa loucura de paixão, amor , sei lá que nome dão a isso. Antes de ter nas mãos, não me importava se durasse semanas ou dias meus relacionamentos. Eu queria era curtir, nunca fui o tipo de pessoa que se apegava ás pessoas, até te conhecer. Até me iludir com a possibilidade injusta de te ter em minhas mãos. E foi assim, eu te conheci, me entreguei da forma mais intensa. me iludi e você foi embora. Ai você volta, me lembra de coisas que passei ao seu lado, me iludi, me faz sonhar. Mas dessa vez é diferente, eu sei sofrer sozinha agora. Alias, eu aprendi com você.

É engraçado como as coisas ficam mais claras depois de uma garrafa de vinho. Meu coração sente a tua falta. Eu me embebedo, espero você aparecer, sofro por essa dor aqui e essa insegurança. Sofro sozinha. Mas mesmo assim continuo bebendo aquele vinho amargo. Eu pego meu telefone e deixo seu número na discagem rápida...

O medo volta, sua voz também me diz pra deixar do jeito que está, minha cabeça quer explodir, meu coração dispara. E eu passo mais uma noite em claro. Eu tento seguir aquilo que me propus a seguir, mas não dá. Eu cansei de estar sozinha. Eu cansei de esperar você.

Emily Cohen

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Constante em mim.

Eu queria pelo menos uma vez ser o motivo pelo qual você sorri, ser o motivo dos seus olhos brilharem, ser o motivo pelo qual você fica feliz. Eu queria ser o motivo pelo qual você sai da cama, pelo qual você sai de casa. Eu queria te ver bem, mesmo não sendo comigo.

Eu te vi, assim de longe. Não queria te encarar, pelo menos não teria a coragem suficiente de ir te ver. Mas só o som da sua voz já me paralisava, imagina se o som da sua voz estivesse aqui bem ao meu lado. Mas depois de todo esse tempo sem te ver, eu te vi. E paralisei, assim como sempre me paralisava só a sua lembrança. Eu paralisei, minha pernas amoleceram, meu coração quase saiu de mim. Eu queria sair correndo pra te abraçar, mas minhas pernas não tinha reação. E em segundos você desapareceu em meio a multidão. Mas eu não imaginava que você me procurava. Eu te queria, mas sempre tive medo de saber se você também me queria. Ainda não tenho essa prova. E acho que tenho medo dessa prova. Eu te quero ainda. E ainda sua imagem vem na minha cabeça toda a vez que eu fico sozinha. Na verdade, suas lembranças são constantes em mim. Você sempre foi constante em mim.

Então eu te tive em meus braços. Eu me senti completa, me senti feliz, que há muito tempo eu não sabia o que era estar cheia de alegria, assim completamente feliz. Como se eu tivesse completa. Eu sempre te quis, mas não vou me decepcionar de novo. Não vou criar expectativas que não existem. Eu apenas vou te esperar, sempre.

Emily Cohen

sábado, 6 de agosto de 2011

Ursinho de dormir.


Quando eu fico sozinha , é quando mais sinto tua falta. Pois relembro de todos os nossos momentos felizes. E fico imaginando como seria eu e você juntos, ou melhor, fico imaginando como seria poder dizer 'Nós'. Mas então eu fico aqui , enrolada no meu edredom e abraça com aquele ursinho de pelúcia, sozinha, ouvindo o sussurro da sua voz , que ecoa na minha cabeça. É incrível como só de lembrar da sua voz, do seu perfume já me deixa mais alegre. Me faz mais feliz. Mas esses momentos passam quando descubro que tudo isso é apenas lembranças. Porque você, realmente, não vai voltar. Não vai me ligar, não vai me atender. Você ainda vai correr atrás daquela que insiste em te magoar, enquanto eu insisto em correr atrás de você que insiste em me magoar. Estranho isso , não ?

Eu te quero aqui, não precisa ser pra sempre e nem a todo instante, só te quero aqui pra matar essa saudade tua. Pra matar essa vontade de você. Porque eu quero que você seja meu. Eu quero que você seja o meu ursinho de dormir.

Emily Cohen

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu não consigo.

É bom perceber que velhos hábitos não morrem: meu quarto continua bagunçado, meu guarda-roupa desarrumado. Meu cabelo tá maior, eu mudei de vida, mas não mudei de personalidade. Pessoas passaram e foram embora rápido demais, outras ficaram tempo demais, algumas nem deu tempo de conhecer e outras não deu pra esquecer. Entenda, isso não se trata de mim ou de você , trata-se apenas em nós.

Você mudou, eu mudei. O relógio continua o mesmo, mas a parede é diferente, meus dias são tão monótonos, mas e os seus dias? Eu não sei, nas verdade , eu nunca soube. Eu tentei me programar, tentei planejar passo a passo, mas no fim tudo deu errado. E sabe por que ? Coloquei sentimentos demais, emoções demais. E como sempre fui descartada como segunda opção, não te culpo por isso. Mas nessa história não há vilões e nem mocinhos e mocinhas. Esse mundo estranho, essa coisa estranha , eu sempre senti. Não me esqueci. Não me esqueci do seu toque, do seu cheiro, do seu perfume, do seu beijo. Não esqueci de você. E não adianta tentar te esquecer, vai ser pura perda de tempo. Não vou conseguir mesmo.

É seu sorriso me cativa ainda, e por algum motivo eu não consigo desistir de você.

Emily Cohen

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foda-se!

Sabe, um dia eu já fui a princesinha do papai. Mas um dia um sábio me disse: Você é normal demais, então não tem graça viver essa vidinha de princesinha do papai. Então eu mudei. Nunca fui de usar salto alto e muito menos vestidinhos. Sempre com meu all star rasgado e uma calça jeans surrada, escutando rock n' roll. Todos me criticavam por ser a ovelha negra da família, por ser a louca, a descontrolada. E quer saber ? FODA-SE todos aqueles que me julgaram por ser assim, foda-se todos aqueles que me julgaram por ser sincera demais, foda-se aqueles que me julgaram por ser alegra demais, mesmo não sendo tão feliz, foda-se aqueles que me julgaram por ser sempre tão forte, mesmo não aguentando mais porra nenhum, foda-se aqueles que me julgaram por nunca abaixar minha cabeça pra filho da puta nenhum. FODA-SE todos que julgam sem saber como é minha existência, sem saber das minhas dificuldades vividas, sem saber do meu passado e presente.

Eu sou relaxada, sou preguiçosa, não ligo pra dinheiro, não me importo em andar descalça, não acordo com o cabelo arrumadinho, aliás meu cabelo nunca está arrumadinho, não sou do tipo que usa maquiagem , o máximo é aquele lápis mal passado nos olhos, não faço unha, meu quarto não é arrumado, meus pais brigam comigo, eu amo meus pais e não reclamo deles nem um pouco, tenho irmãos legais e me divirto com eles, sou moleca, sou mulher em algumas ocasiões, odeio modinhas, tenho personalidade (coisa que poucas pessoas tem) e quer saber , eu não dou a minima pro que a sociedade julga certo ou errado. Sou o tipo de garota errada, julgada por muitos. Não sou amada por todos , isso é impossível, mas os poucos amigos que me restam sabe exatamente o que eu sou. UM FODA-SE PRA TODOS AQUELES QUE JULGAM SEM CONHECER.


Emily Cohen

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Texto sem sentido.

O que é essa coisa louca aqui dentro, esse desespero de te querer, essa vontade de te ter. É maluquice, é loucura. Por que eu ? Seus olhinhos , suas caras e bocas, sua chatice, mas que me deixa tão entusiasmada. Eu não me sinto no poder e não me sinto controla, sou movida pelas emoções. Eu sinto vontade de tudo, de nada. É uma confusão geral, confusão emocional, confusão hormonal.
Eu não sei se escrevo por impulso ou por embalo, mas meus impulsos ultimamente tem sido decorrido desses acontecimentos malucos e totalmente emocionantes. E não me importo. Apenas sinto e escrevo.

Emily Cohen

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O medo do ALGO proibido.

É intenso e ao mesmo tempo simples essas vontade de não querer mais nada, de não querer ninguém. Nem mesmo aquele que amo.

O nosso lado sombrio se esconde atrás de uma falsa face de tranquilidade, meiguice e simpatia. As pessoas sempre vão te olhar, te julgar e te conhecer, não completamente, e algumas nem a ponto de faze-las mudarem de ideias, e sempre será nessa ordem: OLHAR, JULGAR E CONHECER. O que não entendo é que no meio dessa confusão de sentimentos e hormônios eu ainda posso escolher: o bem ou o mal , o certo ou errado. O sorriso dele ainda está em minha mente, seu beijo malicioso e ao mesmo tempo delicioso eu quero provar novamente, lembrar do toque de suas mãos quentes em minha pele gelada me causa calafrios, seus beijos em meu pescoço e o roçar de sua respiração em meu ouvido me deixam louca só de lembrar.

O seu perfume ainda está na minha roupa e o seu olhar de moleque na minha cabeça. Não sei dizer se é certo ou errado, mas é gostoso o que eu sinto agora. Essa maluquice, essa coisa nova, esse momento estranho. E a sua voz rouca dizendo em meu ouvido: VAMOS APROVEITAR ENQUANTO A TEMPO. Me arrepia tentar considerar a possibilidade de ter em meus braços novamente, de poder te acariciar e poder provar novamente essa fruta pecadora. Eu posso ter enlouquecido, mas à toda a regra existe uma exceção. E você foi a minha. Talvez seja esse seu jeito menino homem de puxar conversa de interesses universais me deixe curiosa ou até mesmo interessada em te querer mais perto. Ou mesmo o seu jeitinho protetor com que colocava seu corpo perto do meu para me esquentar do frio. Memória não me deixa esquecer, memória não me deixa quietar. Te quero mais perto, te quero mais quente e te quero mais meu. E não me importaria de ser taxada de louca, descontrolada , se fosse julgada por correr atrás de algo tão peculiar, tão raro. Você realmente fez arder uma  faísca em meus pensamentos, acendeu uma faísca na minha curiosidade e na minha imaginação. Malícia, carinho, calor, arrepios e tudo mais , é isso que sinto ao lembrar seu nome. Ao lembrar seu cheiro. Ao lembrar de você, assim todo proibido, todo chamativo, todo atraente.


Emily Cohen