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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sem nexo

Sabe o quanto dói olhar pra você e não poder nem ao menos te abraçar ? Sabe o quanto dói ter você tão perto e ao mesmo tempo tão longe? Sabe o quanto me tortura não poder te ter em meus braços ? Não, você não sabe. Não sabe nem um terço do que eu sinto aqui. É forte demais pra se expor assim aos ventos. Eu não quero te perder agora, nessas horas de confusões, mas você não entende, você teima comigo. Mas quer saber o que mesmo acontece? É que você faz isso pra me torturar mesmo. Faz isso só por diversão. Por consagração. Me desculpa, mas no seu jogo eu não vou cair. Não me importo de me privar dos meus sentimentos, mesmo sentindo, vou continuar negando. Porque no fim, você dormirá chorando e durante a noite, um tipo de magia irá invadir sua cabeça e te fará me esquecer, te fará desistir de mim. Porque todos desistiram. E eu já estou cansada de me importar e por isso eu preciso ir embora. Vou voltar pra casa. E  depois, construir a minha história, o meu lar, minha vida, sozinha. Eu posso te ver ainda, mas não posso te sentir. Eu preciso de você aqui, mas não posso mais precisar. Então por favor, seja verdadeiro, diga-me o que passa nessa sua mente, nesse seu coração, mas me diga a verdade, e não o que eu quero ouvir. Porque eu estou cansada de coisas passageiras e sem sentido algum.

Emily Cohen

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cinzas

Eu tô tentando me controlar. Eu tô tentando não pegar o carro e sair pelas ruas. As pessoas não sabem um terço do que eu passo aqui dentro de mim. É medo, muito medo de dar tudo errado de novo. É medo de sofrer demais. É medo de sofrer demais. É angústia, é aperto. É saudade. É sei lá, nostalgia. É mais medo de que algo dê errado, medo de que tudo volte a ser como antes. Medo de não sentir, medo de não persistir. E será que você vai me abandonar? Será que você não vai desistir de mim? E por favor, diga que não. Diga para mim que dessa vez, realmente, será diferente. Me faça acreditar de novo nesse amor, me faça viver. Acenda essa chama que há muito tempo virou cinzas. Por favor, não me abandone. Fique mais.
O problema é que eu já me apeguei ao teu sorriso, ao teu olhar, ao teu rosto, á você. Mas acho que você não dá a minima. E quer saber, deixa assim. Deixa, porque quando eu me cansar e virar as costas, você vai vis atrás de mim.

Emily Cohen

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pelo mesmo medo


E aqui juntas estamos, mais um vez, talvez sentindo as mesmas coisas e talvez sofrendo juntas, pela mesma coisa, pelo mesmo medo. Sentindo talvez uma dor, uma insegurança, querendo sentir algo a mais, mas com medo de que algo dê errado, de que talvez nem venha a acontecer, de que nossos sentimentos sejam expostos em vão. Com medo de se expor pro mundo e talvez não ser reconhecido. Medo de que tudo aquilo que nos protegemos até hoje venha nos machucar. Talvez nem seja medo, talvez seja proteção, ânsia de ser feliz agora, porque a muito tempo não sabia o que era felicidade. Medo de algo novo, medo do desconhecido. Medo de que tudo o que "guardamos" para nós mesmo, todo esse medo que há em nós, possa nos machucar, possa nos fazer sentir a dor que a algum tempo atrás sentimos. Medo de que as pessoas que mais pensamos, possa nos fazer sentir essa dor, essa grande dor. É um simples medo, mas que mesmo assim machuca, que pode acabar com tudo em apenas um segundo.Uma simples palavra, um simples gesto ou até mesmo um simples olhar.
Uma noite inesquecível em que estamos juntos felizes e depois a falta da presença de alguém que precisamos muito. Um amor ou uma paixão. Quem sabe o impossível não aconteça ?
Ou seja só mais um medo, esse medo que talvez possa acabar com tudo, com uma palavra dita, um gesto na hora errada, um lugar errado. Medo de que isso seja apenas um teste, uma forma de acabar com a solidão, que talvez permanecerá por muito tempo, por causa desse medo absurdo de amar novamente, de sentir talvez que ninguém será capaz de nos fazer feliz, de que todo mundo vai nos machucar. E que a solidão vai voltar, e que talvez não ir embora mais.
Tudo o que ocorre dentro de nós, que apenas nós sabemos, isso tudo só irá nos deixar mais frias, intolerantes. Uma coisa que só nós sabemos como lidar, ou talvez nem isso. Acho que só precisamos nos sentir amadas e, assim, poder amar.

Emily Cohen e Letícia Marinho
 

sábado, 19 de novembro de 2011

Eles eram dois


Então eram dois, eram um, eram eles. Mas algo os impedia de ficar juntos, talvez o medo de amar ou o medo de sofrer. Eles eram um, mas ao mesmo tempo eram dois. Não se entendiam, não se acostumavam. Tinha seus laços atrelados um ao outro. Seus corações eram presos uns aos outros. Diziam ser feitos um para o outro. Eram leais, eram eles mesmo quando se tinham um ao outro. Mas um dia, bateu forte aquela angústia, ela então, resolveu deixá-lo. Ela o deixa, sem explicação, apenas o deixa. Talvez porque a angústia seja grande demais ou medo, até mesmo insegurança. Ela o deixa. Assim, sem mais nem menos. Ela não acreditava mais em "nós". Ela insistia em não se animar, ela não queria se perder em sonhos, ela queria algo seguro, fixo, algo que não acarentasse dor. E ele, apenas, a deixou ir, não a impediu, não foi atrás. Os dois se amavam, os dois tinham que saber, todos sabiam que ele a amava e que ela o amava, menos os dois. Eles eram dois, agora são só um. Agora é só dor e saudade.

Emily Cohen

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não agora


O que é essa coisa que cresce dentro de mim? O que é essa angústia que me sufoca? E essa vontade de te ter? E esse medo de te perder? Eu só não sei que fazer. Eu não quero voltar a morrer, não agora, não de novo. Então , por favor não me venha com aquela história: - O problema sou eu, não você! Eu não caio nessa.
Me desculpa por ser obsessiva e tão impaciente, me desculpe por fazer tudo na hora errada, e me diz que você não vai me deixar, não agora. Eu sei que um dia você vai embora, só espera um pouco. Deixa eu sentir um pouco mais de você, deixa eu ter um pouco mais de ti. Eu não quero morrer de novo, não agora.

Emily Cohen

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aconchego

Ei, menino.
Pode entrar. Seja bem-vindo. Se aconchegue aqui, fique a vontade. Entre, sente no sofá, coloque os pés pra cima, pegue uma almofada, brinque com o cachorro, faça o que quiser. Fique a vontade. Revire tudo, bagunce meu quarto e meu cabelo. Pode abrir a geladeira e pegar uma cerveja bem gelada. Aqui é tudo seu também. Entre, não fique ai só me olhando. Se aconchegue na poltrona, te trago café se quiser. Entra e fica a vontade. A casa é sua também. Só não mexa naqueles papéis. Porque eles escondem o passado. Só não veja aquelas fotografias, elas machucam aqui dentro ainda. Mas fique a vontade. Ah, não entre naquela sala, ela guarda alguns segredos, mas fique a vontade na minha casa. Pois minha casa é sua também. 
Sinto muito se não posso destrancar aquele comodo, mas é que meus medos estão trancados lá sabe, e se eu abrir cai tudo. Desculpe não poder abrir aquela sala, mas é muito cedo ainda pra descobrir os meus segredos. Não quero que mexa nos papéis do passado, porque eles são complexos demais pra você entender e talvez porque não queira que fique no meu passado. Me perdoe se não quero que mexa nas fotografias antigas, é que nelas eu tenho um sorriso feliz, e isso dói de lembrar, porque eram falsos sorrisos, elas ainda escondem o meu todo. Mas, por favor, sinta-se a vontade, tome meu café, coma minha comida. E se não gostar, diga. Porque melhorarei, pra sua próxima visita. Menino, fique a vontade, a casa é sua e meu coração também. 
Ei, menino, se aconchegue por aqui, aqui no meu abraço.

Emily Cohen

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eu lembrei de você


E esse coração que começou a disparar ao escutar o telefone tocar, disparou na esperança de que fosse você. Ele disparou por ouvir seu nome, ou lembrar dele. É maldade isso, é saudade, eu não sei. E eu lembrei de você. Sua falta hoje me incube a pior missão da face da Terra : esquecer !
Esquecer que eu era, esquecer quem você era, esquecer o presente e o passado, esquecer você. Porque eu sei que você já cumpriu essa missão, você já me esqueceu. E esse dia chuvoso me faz lembrar do seu olhar, de quando nós ficávamos sozinhos, apenas a esperar. E esse frio, ele sim me faz lembrar. Lembrar do abraço apertado. Mas eu tenho que esquecer, ou aquecer. Sei lá, só sei que hoje eu lembrei de você.

Emily Cohen

domingo, 13 de novembro de 2011

Futuro

Eu tenho medo de me apaixonar por você, tenho medo de me magoar, tenho medo de te magoar. Tenho medo de te ter e depois você sumir , assim sem avisar. Tenho medo de você ir embora. Você pode até achar bobagem, achar criancice, pode até ser, mas mesmo assim eu sinto. Porque tudo que eu escutar saindo da sua boca , vou acreditar, mesmo não podendo, mesmo você me dizendo que não é certo...

Amor, diz pra mim que vai voltar pra me ver. E quando eu não estiver bem, fica do meu lado. Meu medo é grande, mas minha vontade de me entregar pra você é maior ainda. Eu não quero que isso passe rápido, quero que seja real, verdadeiro. Amor, fala pra mim o que você quer, que eu faço. Não me importo que o que você quer seja uma concha do mar, eu vou buscar. Seja minha criança, porque assim eu poderei cuidar de você e te proteger, te aconchegar em meus braços e dizer:  -Querido, você é meu anjo.


Hoje, você me faz sentir aquilo que a muito tempo eu não temia, não temia sentir medo de perder alguém. Você me fez pensar no futuro. Me fez repensar o que fazer , me fez querer você muito mais meu.

Emily Cohen

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ei, amor. 


Sabe quanto tempo que a gente não se fala? Muito, né. Eu sinto falta de você. Bateu aquela vontade tua. Sinto falta do seu abraço apertado. Dos seus olhinhos fechados enquanto eu acariciava teu cabelo. Sabe o que eu lembrei ? Lembrei da noite em que estávamos sozinhos, na praia, olhando o céu e as estrelas, as ondas tocavam nossos pés e você me dizia que aquela era a melhor sensação do mundo. Senti falta daquela sensação de novo.  Mas quer saber, eu esqueci. Esqueci o mal que você me fez quando partiu, esqueci as palavras jogadas foras, esqueci das chateações e das preocupações. Mas as coisas que eu realmente deveria esquecer, sabe, eu não esqueci. Não esqueci do teu cheiro, do teu sabor, do teu sorriso ou do teu amor. Não esqueci o quanto eu era feliz quando te tinha por perto e do quanto a falta de ter você apertava por olhar apenas por uma chamada de vídeo na internet. Não esqueci daquelas noites, não me esqueci do deveria esquecer.
Mas sabe de uma coisa ? Eu me acostumei a não te ter. Já faz um tempo isso. Só não consegui me acostumar comigo, com a ausência. Não acostumei olhar pro lado e não ver você. Afinal, já fazia parte da minha vida, né.
Mas eu encontrei um caminho, meio sem rumo , sabe. Meu caminho teve curvas, desvios, montanhas, paradas. E eu continuei, continuei tentado encontrar você. E sabe que eu deixei um pouquinho de mim em tudo o que passei, todos me sentem agora, graças a você. Meu erro foi olhar pra trás e ver que você ainda estava lá, porque não consigo te apagar da memória , do passado. Só me diz uma coisa, amor : Você ainda lembra de mim?  Lembra de quando eramos felizes juntos ? Lembra de tudo ? 
Você ainda faz parte de mim, agora é apenas eu, sem você. Eu sinto sua falta, amor. Volta pra casa, volta pra mim. Isso mata, isso me enlouquece. Acordar sentindo sempre o mesmo desconforto. Sabia que eu ainda te amo ? Pois é, amor. E sabe por que hoje eu sou assim ?
Porque um dia eu te amei demais. Porque um dia você fez parte de mim. Sinto sua falta.

Com carinho,
Saudade.

Emily Cohen

sábado, 5 de novembro de 2011

...

Eu sei que eu não vou conseguir ser forte o tempo todo. Eu sei que eu não vou poder levar o mundo todo nas minhas costas. Mas desta vez é diferente, eu terei que lutar. Sozinha. Contra a guerra entre o céu e o inferno, terei que lutar contra anjos e demônios. Terei que lutar contra os meus demônios, terei que ser o mais forte do que já imaginaram, terei que ser forte por todos. Dessa vez é diferente. Terei que me erguer a cada tropeço sozinha, terei que caminhar com o mundo em minhas costas, pesando demais com meus pensamentos, pesando demais com meus lamentos. Dessa vez eu não posso chorar, dessa vez eu não posso pedir por algo além. Dessa vez é apenas eu. Apenas meus medos. E enfrentarei isso sozinha. Não que eu já não tenha me acostumado a enfrentar o mundo sozinha, só é diferente. Precisarei ser mais forte do que , até mesmo eu imagine. Preciso me recompor, me repensar e enfrentar isso. E vencerei essa guerra, porque as estrelas ainda brilham, mesmo com toda a escuridão. E eu sei que elas estão ao meu lado. Lutarei.

Emily Cohen

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

É assim que eu te quero

Diz pra mim que eu não vou ser a pessoa que você irá magoar. Diz pra mim que eu não serei aquela que você irá abandonar. Diz que eu não serei igual às outras. Diz que eu farei a diferença. Diz que o que sente é real. Ou diz que o que sente é confuso, mas bom, delirante, sufocante. Diz que vai sentir saudade, dia após dia, que passar longe de mim. Diz que irá me ligar. Mas não só diga, cumpra o que disser. Eu só quero alguém que comece realmente a fazer a diferença na minha vida, depois de todos aqueles que me magoaram, seja aquele que me diga que não há hora nem lugar para amar, que apenas acontece. Diga que não passará só o outono a me amar, mas diga que me amará no inverno, no verão e na primavera. Mas não só diga, cumpra. Eu te quero. Simples assim e não vou só dizer, vou demonstrar e te conquistar. Porque eu quero que seja diferente dessa vez, eu quero que seja meu, quero que seja real. Quero que seja eu e você, quero que seja nós. Só esteja aqui presente e diga que não vai embora tão cedo, diga que não irá desistir de mim quanto todos já desistiram. Diga que será meu, diga que será todo meu. Diga que ficará, mesmo que for pra sempre. Diga que me levará pra ver a lua e o mar. Diga que será constante, diga que será eterno. Mas se não quiser, diga também. Não importa, só diga. Apenas diga.

Emilly Cohen