sábado, 27 de abril de 2013

Felicidade...

E olha eu, aqui... apanhando da Felicidade. Levando socos de alegrias, chutes de sorrisos, tapas de bons momentos. E olha pra você, aqui também...apanhando junto comigo. Quão danada essa tal de Felicidade é. Arruma encrenca com quem quer, talvez ela ande na rua e pense: tenho que surrar as pessoas, porque elas estão sendo surradas por elas mesmas, tenho que fazê-las ver que eu existo. Ou talvez ela só arrume encrenca com quem está mesmo disposto a ser feliz, quem realmente queira apanhar de alegria, quem queira levar roxos pelo resto da vida. E olhe pra nós, passarinho... apanhando da Felicidade. Sangrando com os bofetões que elas nos dá na cara, pra abrirmos o sorriso e seguir em frente. AHH FELICIDADE, você ainda vai ser presa por isso... mas enquanto não for, sabes que a casa aqui não está aberta, mas você arromba de qualquer jeito. Você é malandra, você entra com teu jeito, prende a gente e quer ficar pelo resto da vida. Eu, particularmente, não me importaria de apanhar da Felicidade pelo resto da vida. E você? Acho que também não. Tem muita gente nesse mundão precisando apanhar dela, levar uma surra bem dada... daquelas que te faz desmaiar, sabe. Ontem mesmo, enquanto andava na rua apanhando da Felicidade vi pessoas tão infeliz só pelo jeito de andar, era bem perceptível... A Felicidade olhou de canto de olho, sorriu, sorriu com ar de "aquele ali eu pego amanhã de manhã", e voltou a me bater.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nosso conto de fadas

Olhe ao redor, não tenha medo, você sabe que é o único que me mantêm em pé, é o único que me mantêm firme. E quando o desespero tomar conta do teu ser, feche os olhos e sonhe com as coisas boas que a vida lhe ofereceu. E quando tiver medo, estenda tua mão, eu lhe puxarei de volta aos meus braços e acalmarei teu sufoco. Olhe ao redor, e quando estiver entre o medo e o desespero, feche teus olhos e enxergue o passado, olhe nosso futuro. Sonhe com nossa vida, deite no meu colo e sinta meus dedos passar por entre teus fios de cabelo. Abra os olhos e veja, eu estou contigo. Quando estiver sendo sufocado por palavras não ditas, grite o mais alto que puder, eu ainda estarei te escutando. E quando a raiva tomar conta do teu ser, eu estarei do teu lado pra te segurar. Quando não tiver mais força para caminhar, eu te carregarei em meus braços. Quando não suportares a dor, quando chorar, quando quiser mais lutar, eu ainda estarei contigo pra te proteger do mundo e de si próprio. Eu serei teu anjo e teu demônio. Serei teu céu e teu chão. Não tenha medo. As respostas das nossas perguntas está em nós. Atrás de ti andarei, atrás e do teu lado. Não deixarei você recuar, e não te deixarei cair. Abra os olhos, eu ainda estou aqui com você e por você.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A saudade mandou um 'olá'

A saudade chegou, e nem bateu na porta... entrou e sentou no seu lugar preferido do sofá. Pediu um café forte, com bolachinhas e nem ao menos disse "por favor". Ela entrou como se já conhecesse a casa, como se fosse dona. E acho que era quase de casa já, hospede antiga, sabe. Daquelas que chega, tira o sapato na sala, deixa-os jogados pelo corredor, abre sua geladeira e come seu chocolate. A saudade era bem-vinda antes, mas depois começou a ficar obesa pois não saia mais do lugar, tinha tudo nas mãos, inclusive eu. Assim como você, que me tem fácil em tuas mãos... a saudade me tem fácil, porque ela ocupa teu espaço enquanto está longe de mim. Então ela chegou, sentou no sofá, colocou o pés em cima da mesa e exigiu assistir um filme de romance, com pipoca e brigadeiro pra acompanhar nosso chororô. Pediu pra colocar no ultimo volume nossa música e ficou lembrando dos nossos momentos. A saudade entrou e tomou conta do quarto, da sala, da cozinha, do banheiro, do quintal, do jardim, do cachorro, tomou conta de mim. Depois da bagunça que fez, me fez limpar a cozinha com o som daquele CD de músicas românticas que só nós dois conhecemos. Ela me surrou e me fez soluçar de chorar, por lembrar que ainda faltava tempo demais para ela ir embora e você chegar. Ela tomou banho, jantou no seu lado da mesa, comeu no seu prato e tomou na sua caneca preferida. Se jogou no sofá de novo pra assistir a sua novela preferida, só pra fazer pirraça pra mim, pois odeio novelas. A saudade, então, teve sono e se deitou ao meu lado, enquanto você não chegava... me abraçou como um manto, e dormiu profundamente. Ficou assim durante dias, até você chegar... antes de você chegar, ela se foi. A saudade foi embora por medo de você não gostar que ela estivesse me dominando, e porque pra saudade é triste ver que somos muito mais felizes sem ela. Não que ela não é importante, porque ela sabe que é. Mas é que pra ela dói você me abraçar e não ela, por isso ela vai embora quando você está por perto, e volta no segundo depois que você vai embora. A saudade foi embora quando você chegou, mas ela deixou lembranças e disse que logo, logo voltaria.