segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Um adeus severo

Eu não vou mais implorar pra vê-la chegar, nem pedir pra ela me levar. Nem tampouco me divertir quando ela aparecer. Só quero que ela chegue silenciosa e rápida, sem dor e sem angústia. Mas espero que ela chegue agora, não quero esperar a hora, só quero fazê-la acontecer. Quero saber como é a dor, as visões da outra vida. Quero viver meu sentido maior, porque aqui já nada mais existe. Já morri e sobrevivi por longos tempos, por longos períodos, mas desta vez eu não quero mais. Quero apenas morrer. Morrer. M-O-R-R-E-R, que palavra medonha, mas também chamativa. Quem sabe até suculenta seja ela. Mas um tanto quanto tardia. Esperar? E morrer esperando ela chegar? É essa a ideia, esperar? Acho que não. Então, adeus aos amigos, adeus aos familiares, adeus a tudo. Já não me faço em terra, não posso mais navegar no mar, não posso sentir o vento enquanto voava e muito menos sentir a doçura do mesmo. Hoje não quero mais ver o sol. Não quero mais viver de luz. Quero achar o meu sentindo em vida, mas talvez ache-o com a morte. Adeus, amigos. Adeus.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dissipando o tempo



Oque pode acontecer em um minuto da sua vida? Você pode morrer de rir, morrer de chorar, andar por um minuto, sentar por um minuto, aguardar um minuto, ficar só mais um minuto, entender um minuto, contar um minuto, sorrir, você pode ganhar e perder em um minuto. Pode ser rico e em um minuto ficar pobre ou pode ser pobre e em um minuto ficar rico. Talvez em um minuto você possa ver uma vida nascer, ou infelizmente vê-la morrer. Você pode ser feliz por um minuto, ou triste por um minuto.
 Mas o que você faz com o seu um minuto? Você vive?
 Em um minuto de olhos fechados perdemos um milhão de coisas. E um minuto com os olhos abertos perdemos um milhão de coisas também, porque não prestamos atenção nelas.
 O que perdemos no minuto em que fechamos os olhos para dormir? O que perdemos enquanto perdemos tempo com coisas poucas, tempo esse que não temos. Tempo esse que voa, que passa num minuto. Tempo que vivemos em terra tentando encontrar tempo pra poder arrumar um minuto para as coisas realmente importantes. E que, talvez em sua maioria das vezes, perdemos esse mesmo tempo tentando achar o sentido de viver, perdendo tempo procurando respostas para perguntas não feitas ou tentando achar perguntas para as respostas soltas. Perdemos tempo demais achando que a vida não vai acabar, e não percebemos que o minuto que se perde tentando é igual a um minuto que perde ganhando. Que o mesmo minuto que te faz feliz é o mesmo que te faz triste. E que se deixarmos o tempo de lado e apenas viver, ai sim teremos todas nossas questões internas e externas resolvidas. Mas somente quando deixarmos de ver o tempo e o minuto como inimigo, e começar a vê-lo como aliado.

sábado, 13 de julho de 2013

Canto para não chorar

"Eu, menina ingênua, abobada, como pude. Logo eu, assim tão fácil  de cernir de tão pouco de ti e mesmo assim morrer amando-te. Morrer querendo-te. Logo eu, que viva a tagarelar feito louca de como o amor era patético, e de como tornava as pessoas hipócritas. Justo eu, me soltei levei, feito pena que é carregada pelo vento, me entreguei simples e intensa feito a bailarina se entrega ao palco, às luzes. E muito de mim, ainda é pouco, e pouco de mim ainda é muito. É calmaria e vendaval. Sol e lua. Fogo e água. É bobagem, talvez tolice ou só egoísmo. Mas, assim de cara, logo eu que não me entregava, não me soltava, não me sentia. 


De sua eternada amada, Anabell" 


Assim estava escrito no bilhete. Pouco dela restou, hoje só um laço vermelho que ficou socado no fundo do baú e seu bilhete com marcas d'água colocado no fundo. O laço vermelho me lembrou das bochechas dela, tão avermelhadas quando sorria pra mim. O bilhete, me fazia chorar quando a dor era forte. Lembrei-me do batom que ele comprara, mas nunca usara. O vestido que caia perfeitamente em tuas curvas. Teu lindo sorriso quando me via. Lembro-me de quase tudo dela, só não me lembro como a perdi. Se foi o mar que a engoliu, ou a tempestade, ou o navio, não ficaria surpreso se ela fosse levada por eles, ela era a imagem perfeita de algo absurdamente leve, calmo. Todos desejavam, talvez o mar tivesse inveja de mim por te-lá em meus braços, pois quando corria brincando com ela à beira mar, ele sempre vinha jogar tuas ondas em cima de nós, como se quisesse tirá-la de mim. E o vento, que sempre desarrumava o cabelo dela, mas ela era linda de qualquer jeito. Então, o navio... esse talvez tenha sido o mais sortudo, por levava de mim, e da terra. Aquele olhar tão complexo, e assustado que me olhava antes de embarcar, o sorriso de tristeza que pusera no rosto... essa foi a última imagem que tenho em mente dela. O último momento que a vi. Ela guardava, em seu baú o vestido, o batom, o bilhete e o laço. Mas nunca voltara para vesti-los, para alegrar meu olhar e aquecer meu coração com aqueles lindos olhos, me agradar com deleite e poder por fim chamá-la de minha. Nunca voltou...nunca. Talvez achassem que era coisa demais guardar aquele sorriso só para um homem, um pobre homem, talvez me achassem feio demais, imperfeito, sonhador, louco. Nunca a devolveram a mim. E eu sonhei com ela chegando, no horizonte, dando sinal de "oi" com teu lenço azul céu, não teve uma noite sequer que eu não sonhasse com ela voltando aos meus braços, sorrindo e dizendo o quão abobada estava minha feição. E eu morri com ela naquela tempestade, minha vida fora escrita à ela. Não havia nada sem ela, nada. Nem sequer um grão de areia. Eu sobrevivi sem ela, mas com a esperança que a encontraria ainda. Eu sonhei com ela até o dia que me desmancho em lágrimas a escrever isto. Talvez a encontre agora... agora que meu coração quase não bate, que meus pulmões quase não funcionam, que meus rins morrem aos poucos, agora que meu cérebro já não se lembra das palavras ditas a segundo atrás. Talvez eu a veja sorrindo ao me encontrar, ela com seu lenço azul, acenando ao me ver chegar. Talvez ela se lembre de mim, e corra entre as nuvens pra vir me abraçar. Ou talvez passe despercebido. Prefiro acreditar que ela se lembrará de mim. E por fim, conseguiremos nos beijar, nos abraças, ser felizes, mesmo que em outro plano ou que apenas sentemos à beira mar e ele veja que ela era e sempre foi minha. E assim, poder desfrutar do amor que sonhei todos os dias na minha passagem em terra.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um tal conto de um ponto diferente

Eles dormiam e acordavam juntos, sem nem perceber que estavam juntos. Ele a amava, ela o amava. Eles queriam ser um, mas eram dois. Queriam ser dois, mas eram um. A rotina desgatou um amor que não se acabou. A dor tomou conta de algo que não dói. A solidão se fez, mesmo eles sabendo que não estavam sozinhos. A alegria nos olhos passou, apenas, a ser motivo do sorriso dos filhos. Lutavam, lutavam, mas não saiam do lugar. Procuravam, procuravam, as não se achavam. O tempo morreu para eles. A mente matou o que ainda está vivo. Eles figem se odiar, eles amam se matar todos os dias porque não vão desistir do que ainda resta desse amor. Por isso ainda vivem juntos, dormem e acordam no mesmo lugar, brigam e desbrigam pelos mesmo motivos, vivem e morrem juntos, sem nem perceber.

domingo, 26 de maio de 2013

Ôh, Senhora da Morte.

Preciso de tempo e espaço, preciso de choro e afago. Preciso do céu e das estrelas. Preciso da lua e do sol. Preciso do velho e da velha, preciso do moço e da moça. Preciso do pai, da mãe, do irmão, da irmã. Ôh, Senhora! Com licença, você entrou na frente da gente e levou que nós amávamos. Ôh, Senhora! Por favor, isso é falta de educação e apreço. Nem foi convidada a entrar. Ôh, Senhora... a Senhora mesmo, de preto, que sorri no leito de morte agora. Por favor, vá embora e deixo-nos aqui. Ôh, Senhora, leva está foice pra longe...leva pra longe esse sorriso sarcástico, leva pra longe, leva essa dor que a Senhora trouxe, leva esse manto negro embora. Mas deixa nossas vidas aqui, não as leve. Leve a minha, mas não as deles. Não traga mais dor pro peito velho de meu pai, nem pro coração frágil de minha mãe. Vá embora, ôh Senhora da Morte, e leve contigo a dor. Mas não leve mais ninguém, leve só a dor. Só ela. Só ela.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Vida real

E olha só, moreno, onde viemos parar? Estamos planejando nosso lar, nosso futuro. Talvez não sejamos mesmo o casal perfeito do tipo "Jhonny and Junne". Não somos loucos de pedra, mas não somos normais. Somos o tipo perfeito do casal imperfeito. E eu já penso nas nossas brigas, daquelas feias sabe que vão ficando piores com as guerras de almofadas na sala, as guerras de pipocas e depois a faxina, as nossas brigas pra ver quem vai lavar a louça, ou quem levantar por último arruma a cama, as toalhas molhadas em cima da cama, nossas roupas espalhadas e eu te xingando por não saber se organizar, e ficar o dia todo enfiado com a cara no computador, e você dizendo que eu fico o dia todo com a cara enfiada nos livros. Mas mesmo assim, a gente vai deitar um do lado do outro na cama e rir pelas piadas sem graça ou pelas caras e bocas, pelas nossas palhaçadas, vamos dormir abraçados e acordar juntos. Vamos nos deliciar na sexta de madrugada com algumas cervejas, um filme ou um desenho. No sábado a noite vai ser o dia do casal, e nossos amigos vão pra casa pra gente aproveitar com eles. Domingo, aaaaaaaah o domingo será o dia de passar o dia todo na cama, você me mimando e eu fazendo um chocolate pra nós, talvez um café pra ti. A semana começa e nós vamos a luta, eu te acordo, você me ama, eu te amo e você me beija. Assim será nossa vida, não perfeita, porque não seria engraçada, será linda, apenas real. Será nossa, e isso já vale a pena.

sábado, 27 de abril de 2013

Felicidade...

E olha eu, aqui... apanhando da Felicidade. Levando socos de alegrias, chutes de sorrisos, tapas de bons momentos. E olha pra você, aqui também...apanhando junto comigo. Quão danada essa tal de Felicidade é. Arruma encrenca com quem quer, talvez ela ande na rua e pense: tenho que surrar as pessoas, porque elas estão sendo surradas por elas mesmas, tenho que fazê-las ver que eu existo. Ou talvez ela só arrume encrenca com quem está mesmo disposto a ser feliz, quem realmente queira apanhar de alegria, quem queira levar roxos pelo resto da vida. E olhe pra nós, passarinho... apanhando da Felicidade. Sangrando com os bofetões que elas nos dá na cara, pra abrirmos o sorriso e seguir em frente. AHH FELICIDADE, você ainda vai ser presa por isso... mas enquanto não for, sabes que a casa aqui não está aberta, mas você arromba de qualquer jeito. Você é malandra, você entra com teu jeito, prende a gente e quer ficar pelo resto da vida. Eu, particularmente, não me importaria de apanhar da Felicidade pelo resto da vida. E você? Acho que também não. Tem muita gente nesse mundão precisando apanhar dela, levar uma surra bem dada... daquelas que te faz desmaiar, sabe. Ontem mesmo, enquanto andava na rua apanhando da Felicidade vi pessoas tão infeliz só pelo jeito de andar, era bem perceptível... A Felicidade olhou de canto de olho, sorriu, sorriu com ar de "aquele ali eu pego amanhã de manhã", e voltou a me bater.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nosso conto de fadas

Olhe ao redor, não tenha medo, você sabe que é o único que me mantêm em pé, é o único que me mantêm firme. E quando o desespero tomar conta do teu ser, feche os olhos e sonhe com as coisas boas que a vida lhe ofereceu. E quando tiver medo, estenda tua mão, eu lhe puxarei de volta aos meus braços e acalmarei teu sufoco. Olhe ao redor, e quando estiver entre o medo e o desespero, feche teus olhos e enxergue o passado, olhe nosso futuro. Sonhe com nossa vida, deite no meu colo e sinta meus dedos passar por entre teus fios de cabelo. Abra os olhos e veja, eu estou contigo. Quando estiver sendo sufocado por palavras não ditas, grite o mais alto que puder, eu ainda estarei te escutando. E quando a raiva tomar conta do teu ser, eu estarei do teu lado pra te segurar. Quando não tiver mais força para caminhar, eu te carregarei em meus braços. Quando não suportares a dor, quando chorar, quando quiser mais lutar, eu ainda estarei contigo pra te proteger do mundo e de si próprio. Eu serei teu anjo e teu demônio. Serei teu céu e teu chão. Não tenha medo. As respostas das nossas perguntas está em nós. Atrás de ti andarei, atrás e do teu lado. Não deixarei você recuar, e não te deixarei cair. Abra os olhos, eu ainda estou aqui com você e por você.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A saudade mandou um 'olá'

A saudade chegou, e nem bateu na porta... entrou e sentou no seu lugar preferido do sofá. Pediu um café forte, com bolachinhas e nem ao menos disse "por favor". Ela entrou como se já conhecesse a casa, como se fosse dona. E acho que era quase de casa já, hospede antiga, sabe. Daquelas que chega, tira o sapato na sala, deixa-os jogados pelo corredor, abre sua geladeira e come seu chocolate. A saudade era bem-vinda antes, mas depois começou a ficar obesa pois não saia mais do lugar, tinha tudo nas mãos, inclusive eu. Assim como você, que me tem fácil em tuas mãos... a saudade me tem fácil, porque ela ocupa teu espaço enquanto está longe de mim. Então ela chegou, sentou no sofá, colocou o pés em cima da mesa e exigiu assistir um filme de romance, com pipoca e brigadeiro pra acompanhar nosso chororô. Pediu pra colocar no ultimo volume nossa música e ficou lembrando dos nossos momentos. A saudade entrou e tomou conta do quarto, da sala, da cozinha, do banheiro, do quintal, do jardim, do cachorro, tomou conta de mim. Depois da bagunça que fez, me fez limpar a cozinha com o som daquele CD de músicas românticas que só nós dois conhecemos. Ela me surrou e me fez soluçar de chorar, por lembrar que ainda faltava tempo demais para ela ir embora e você chegar. Ela tomou banho, jantou no seu lado da mesa, comeu no seu prato e tomou na sua caneca preferida. Se jogou no sofá de novo pra assistir a sua novela preferida, só pra fazer pirraça pra mim, pois odeio novelas. A saudade, então, teve sono e se deitou ao meu lado, enquanto você não chegava... me abraçou como um manto, e dormiu profundamente. Ficou assim durante dias, até você chegar... antes de você chegar, ela se foi. A saudade foi embora por medo de você não gostar que ela estivesse me dominando, e porque pra saudade é triste ver que somos muito mais felizes sem ela. Não que ela não é importante, porque ela sabe que é. Mas é que pra ela dói você me abraçar e não ela, por isso ela vai embora quando você está por perto, e volta no segundo depois que você vai embora. A saudade foi embora quando você chegou, mas ela deixou lembranças e disse que logo, logo voltaria.

terça-feira, 12 de março de 2013

O gosto da semana. Prato do dia: Você

Assistir filmes românticos e chorar pelo ápice da trama, quando o mocinho perde a mocinha. E chorar quando o final acaba feliz... você sabe bem, nunca foi de mim chorar por coisas de menininhas. Mas é que eu lembrei de você, senti teu perfume, lembrei do teu sorriso e da sua cara de bobo que sempre me faz sorrir, e chorei. Não pelo filme, mas pela saudade que sinto de você. É que o tempo é cruel, ele é lento quando estamos longe, mas é impetuoso quando se trata de nós dois juntos, o tempo voa. E essas saudade aperta mais e mais. Precisava tanto de um abraço teu, de um carinho ou até mesmo das suas loucuras, das suas bobagens e da sua cara de bobo alegre quando me vê. Precisava e preciso sentir teus braços envolvendo meu corpo, sentir tua boca na minha e teus pés nos meus. Essa falta da tua presença nos meus dias da semana, me fazem contar o tempo de trás pra frente, só pra ver se a próxima hora será reservada para nós. Reviro em minha coisas dos fins de semanas passados, e me pergunto por que do tempo ser cruel conosco? São 5 dias da semana que ficamos longe, mas cada dia tem um gosto diferente sem você.

Segunda: o gosto amargo por ter passado o dia anterior em seus braços e ter de te deixar ir embora
Terça: o gosto azedo por ainda faltar 3 dias pra poder te beijar
Quarta: azedume
Quinta: tem o gosto salgado, só faltam mais 72 horas pra te ver
Sexta: o gosto doce por saber que terei 36 horas pra te amar.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Suscitando amor

Resolvi acoplar memórias perdidas pela vasta bagunça interna. Procurei desatar laços de memórias fajutas, e acumular lembranças fortes. Peguei, então, um jarro e joguei nele cinzas de momentos. Mas havia pó demais em tudo, não coube no jarro. Retirei o pó de sentimentos mofinos. Coloquei em um pote grande sorrisos espalhados com alegrias, e em uma garrafa pet enchi com lágrimas de alegria. Numa garrafa menor, empanturrei de lágrimas de dor. Acendi uma vela de 7 dias, mas que queimou inteira em meia hora. Olhei a janela e vi o jardim, ainda meio seco, pois começara a chover alegria a pouco tempo. Caminhei até lá fora, e conversei um pouco com as plantas, que com amor e dedicação começaram a florir o jardim. Começou a brotar e a desabrochar rosas vermelhas, azuis, rosas e brancas. Coloriu um pouco a casa. A casa velha, com paredes descascadas, mas com um ar de amor vívido lá. Entrei. Fui à cozinha passar café, pois sabia que ele chegava ás 17 horas e que gostava de um café fresco. Deixei na mesa o cigarro preferido e meu esqueiro. Fiz bolinho de chuva pra esperá-lo e finalmente ele chegou. E como num passe de mágica, a casa ficou viva e limpa, as paredes não eram mais descascadas depois que ele passou. O jardim floresceu por completo e parecia que a felicidade vinha com ele... parecia não, a felicidade era ele. E tudo pareceu completo. O pó de sentimentos mofinos sumiu, a garrafa com lágrimas de dor evaporou. Meu sorriso se abriu e a trilha sonora começou a tocar de novo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Amor por completo

Eu poderia vir aqui e escrever aquelas mesmices ou aquelas frases de clichês. Não que um texto que fale sobre amor não seja de clichê, pois é. 

Passamos por muitas noites tempestivas, cheias de raios e trovões, alguns até derrubaram árvores em nossos caminhos, passamos por dias de calmaria e plenitude da alma.Você me conhece bem e sabe que não desisto fácil das coisas que me propus a fazer, ou das pessoas que eu insisto em colocar na minha cabeça que são minhas, assim como você. E você sabe bem que é meu. Não vai ser fácil nossos caminhos, lutaremos juntos pra eles sempre estarem lado a lado, como lutamos até hoje. E hoje, o hoje parece ser tão grande, não é mesmo? Nos conhecemos a quase uma década, sabemos o ponto fraco do outro e o ponto forte, o ponto médio também. Sabemos a força um do outro e talvez por sabermos tanto um do outro, acabamos nos tornando nós. Hoje não são apenas 3 meses de convivência que comemoramos, é muito mais que isso. São brincadeiras, defeitos, brigas, carinhos. É tudo. Você me motiva a seguir, você é minha força e o meu chão. Você é meu. E finalmente posso dizer que é meu. Depois de 7 anos, poder dizer isso a você é uma emoção incomparável, não dá pra explicar. E já é com lágrimas nos olhos de alegria que escrevo aqui o quão bem você me faz, o quão forte me faz e o quão importante és pra mim. Eu te amo e enfrento Deus e o mundo pra ser feliz ao teu lado. Enfrento até você pra ser feliz do seu lado. Obrigada, por ser você o milagre da minha vida.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Justamente pra ser livre

Eu, cá tentando escrever uma novela de época, me peguei olhando o céu. Céu este que estava cinza e com nuvens carregadas. E de repente me distraí com um pássaro voando livre e sem medo de cair. Olhei o horizonte e vi mais alguns pássaros voando ao longe. Imaginei que era um, fechei meus olhos e pus-me a sonhar. Voei livre entre as nuvens e as ondas do mar. Hora me acomodava no sereno algodão das nuvens, hora me balança no vai-e-vem do mar, outrora sentia o roçar das árvores em minhas penas. Mas sentia livre, sentimentos puros e livres. Batia asas e quando não, deixava as correntes de ar me planarem. Podia encostar no mar, no céu e na terra. Voar de um litoral ao outro, ou de um continente ao outro. Podia voar livre, vivenciar novos ares, conhecer novos povos, viver novas vidas, fazer velhos amigos, encontrar novos passados. Viver, sentir, voar livre. Mas abri os olhos, e ainda me sentia um pássaro, mas sem poder voar. Olhei pela janela com grades e me senti em uma gaiola. Eu cresci com a natureza de pedra. Olhei pro céu, as nuvens que agora descarregavam suas mágoas em gotas de chuva, gotas essas que por entre as grades da janela molharam meu papel. E troveja e relampeava também, dando a impressão que a vida passava rápida demais por nós.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Castelo encantado

E de repente, eu me perdia em meio aos teus olhos e aos teus sonhos, me perdia em meio aos teus abraços apertados. Não sabia o que queria, mas estar ali contigo me satisfazia. Morria e vivia aos teus pés, e não fazia parte da história me apaixonar por ti. E meus atos foram começando e terminando como uma grande peça teatral e de repente, já não havia começo, meio e fim. De repente me vi vidrada em algo além de mim, alguém melhor que eu. Me dava força pensar em caminhar ao teu lado. Me recriava e me reinventava toda manhã pra te ver sorrir, mudava tudo em mim só pra não ser monótona pra ti. Eu vivi esse romance, mergulhei nas ondas mais selvagens do teu mar, e nadei até chegar a ti. E me vi parada ali em frente ao teu ser, parecendo um rei, me curvei aos teus pé pra me sentir mais digna de tudo. E como um ser magnifico você se curvou aos meus pés também, e me fez levantar o olhar até o seu. Me fez levantar e sorrir. Me levou na torre alta de sua fortaleza e me fez ver as estrelas e o mar, talvez não fosse mar, talvez um lago grande, mas me fez sonhar. E a noite simplesmente andava e corria entre nós. E finalmente me cobri de teu amor até meu ultimo suspiro em leito de morte. E vivemos nossos suspiros finais de um amor sereno, de nosso amor supremo. E de repente, não mais que ausente, me senti voar pelo céu e senti você tocar minhas mãos, e morri. Feliz, serena e tão plena desse amor que vivi.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Nosso fusca detonado, nosso amor vivenciado

Que tal a gente pegar o nosso fusca e rodar por ai? Ir até o fim da estrada ou a uma praia, ver o pôr-do-sol ou o nascer dele, escalar uma montanha ou esquiar na areia. Ver o fim do arco-íris e morrer de rir embaixo de uma cachoeira. Que tal contarmos os passos entre uma fronteira e outra ou colorir uma parede branca? Talvez dar a volta ao mundo em 60 dias, ou dar uma volta em volta da casa em 60 minutos. Quem sabe voar de balão e conhecer uma aldeia indígena. Conhecer o litoral, e ver o mar e o luar. Quem sabe deitar no chão de um chalé no meio da Amazônia ou se banhar no rio Tietê. Talvez possamos vivenciar a corrida do cotidiano na selva de pedra de São Paulo, ou conhecer a calmaria das festas da Bahia. Talvez pular de paraquedas ou voar de asa-delta, caminhar no calçadão de Copacabana e se deliciar de uma água de cocô bem gelada na praia de Ipanema. Subir no Cristo Redentor de noite e ver as luzes se acederem de lá de cima, talvez andar de bondinho e ver a lua iluminando o mar. Pular em um show de rock ou sambar ao som de Jorge Ben. Talvez possamos encarar o frio congelante de Julho e descer nas serras gaúchas pra tomar chimarrão, ou podemos pegar um avião e ir pras Bahamas, ou uma ilha deserta. Que tal? Podemos fazer tudo isso, podemos também rodar o Brasil inteiro no nosso fusca detonado. Mas eu só iria se fosse pra ser com você, pra quando a noite chegar eu poder ver fotos de um cotidiano feliz, e poder viver no teu sorriso e no teu olhar a cada amanhecer e anoitecer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O vago das lembranças

E por algumas horas fiquei sentada no meio do quarto, só depois dessas algumas horas reparei que estava ali naquele quarto vazio, sem vida e sem cor, naquele quarto todo branco...onde antes era tudo cor de rosa, era vivo, era vermelho, azul, roxo, amarelo, e de repente ficou branco, apenas branco. E eu reparei que estava ali sentada no meio de todo aquele branco, sentada no meio do quarto vazio, sem móvel algum, apenas com uma janela mau iluminada, me peguei lembrando de coisas que não estavam ali, lembranças de memórias coloridas e cheias, e que no momento branco e vazio do quarto não era apto e nem digno de tais lembranças, mas elas estavam ali. E mesmo vazio e branco, o quarto ainda tinha cheiro de tinta fresca e pra mim ainda tinha gostos, ele rodava como se houvesse festa e me prendia como se fosse filme. Olhei então pras paredes meio mau acabadas e reparei uns dois ou três pregos nela, havia marcas retangulares em volta, lembre-me dos quatros e consequentemente lembrei-me da comoda que ficava acomodada logo abaixo dos quatros, vi eles como se estivessem lá, e vi os portas-retratos em cima dela... vi o violão ao lado dela, o suporte da tv  do lado dos quadros, na parede da janela vi a cama e os ursinhos em cima dela, havia um guarda-roupa também, quase encostado na cama, uma escrivania e de um lado dela havia um diário e do outro um retrato seu. Fiquei parada olhando ele, mesmo sabendo que ele não estava mais lá, eu o vi... e quando percebi, estava parada no meio do quarto sem móvel algum, estava parada lembrando de coisas que não deveriam estar na minha cabeça.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

E de tantos Carnavais

E por mais um ano há 5 dias de pura alegria, observo as feição das pessoas e, ás vezes, acho que por usarem tanto as mascaras nestes dias, acabam fixando um pouco delas na face. Há tanta alegria, não há doentes, não há tristeza, há luz e sorrisos. Há coisas muito coloridas, e no sexto dia tudo fica cinza. As ruas se esvaziam como se houvesse uma guerra, não há mais sorrisos, nem luz, nem alegria... tudo se torna real novamente. Mas o que há nestes 5 dias que faz com que até os passarinhos pareçam voar com ar de alegria, faz com que tudo se torne alegria e pura diversão?
Ahhhhh é carnaval, ouça o som dos batuques, ouça o samba subindo por entre os pés e chegando a cabeça. Ouçam os gritos das crianças correndo de um lado pro outro. Observa as mascaras, olhe as roupas... aaahh Carnaval. Tudo tão claro, tudo tão feliz e todos pensam que deveria durar a vida inteira. Tudo se esquece, tudo se renova. Sinta o samba, o batuque ou o bate lata mesmo, olhe o sorriso das pessoas. E as caretas, e fantasias, e tudo que parece ser alegre. E então, tudo morre, com a cinzenta quarta-feira. Tudo morre: as mascaras caem, os batuques não são mais ouvidos, o samba é esquecido e por mais que você queira que aquele momento não acabe, chega a cinzenta quarta-feira. Adeus Carnaval de foliões alegres e sem problemas, olá vida real.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

João e Maria

E por um instante achei até que fosse um anjo deitado ao meu lado, mas era você. 

Observei tudo o que tinha pra observar: observei teu sono, teu corpo, teu cheiro, teu nariz, tua boca, tua respiração, o bater do seu coração, observei suas pernas, pés, mãos e braços, abdômen, costas, barriga, umbigo, orelha... até suas manchas, as pequenas manchas que tinha em sua corpo, suas cicatrizes. E me vi sorrindo por te ver dormir em meus braços. Parecendo louca que sorri a toa, eu sorri com cada movimento que fazia enquanto seu sono percorria, e parecia tão sereno, tão mistico. E eu feito uma pedra me enfeiticei pra você nunca mais sair de lá, deixei o efeito pra que nunca mais fosse pra longe de mim. Lembrei das coisas que passamos, lembrei do seus sorrisos, dos seus olhares que são tão indecifráveis, lembrei-me do jeito que pisca os olhos e do jeito que os fecha ao dormir, do jeito que mexe sua bunda quando anda, do jeito que mexe do meu cabelo enquanto fala. Lembrei-me do hálito de café que eu tanto odeio, e do gosto de bala que tua boca tem depois de fumar um cigarro. Lembrei-me das feições que faz quando eu falo, e da cara de bravo que faz quando não está bem. A sua cara amassada de sono e com as marcas da costura do travesseiro. E sorri ao lembrar do cheiro que tua pele deixou na minha. E me pego nos devaneios que tenho só de pensar em você. E acordei observando você deitado do meu lado. E por um instante achei até que fosse um anjo deitado ao meu lado, mas era você.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um conto de um José qualquer

Odeio reformas, odeio pedreiros, odeio a sujeira que a reforma faz...odeio mais ainda o barulho que ela tem. Mas odeio mais ainda a reforma que faço em mim a cada decepção e a cada desilusão. Odeio ter que me transformar a cada nascer do sol. Odeio fingir que vai ficar tudo bem, odeio sorrir quando minha vontade é chorar, odeio sussurrar quando minha vontade é gritar. Odeio o sorriso falso das pessoas que era importantes para mim.


Então, permaneceu em si, por odiar reformas... naquele dia não se reformou. Acabou esquecendo-se de levantar e dizer "bom dia", acho que se esqueceu de sorrir...ou de morrer. Acordou e lá permaneceu em si, do mesmo modo que a semana passada, ou do ano passado. Permaneceu olhando o teto branco e as paredes azuis. Ahhh... as paredes azuis, elas que em dias claros davam a impressão de ser o céu, e o teto branco, impressão de ser nuvens. E nesses dias claros, ele voava em si, viajava em si. E em dias cinzas assim como hoje, tudo ficava monocromático, não havia divisões de cores. Havia cinza apenas, e seus devaneios soterrados em meio às reformas que aconteciam no mundo lá fora, mas não nele. O mundo que em tão pouco tempo mudara com tanta rapidez e perdia, com a mesma rapidez, o sentido de girar. Finalmente, levantou...e começou a criar as suas ilusões, sonhava acordado, parecia tão irreal olhando-o de fora. Fingiu que amou, fingiu que tomou o chá da tarde com o Príncipe Charles, fingiu que lutou na Guerra Fria, fingiu que derrotou os alienígenas, fingiu ser herói de acampamento, fingiu ser tão importante pra si mesmo, fingiu que era importante pro outros, fingiu que ganhou e que perdeu, fingiu que correu, fingiu que sorriu, fingiu que foi a uma festa de rock, fingiu que bebeu, fingiu que se drogou...e de tanto que fingiu... fingiu que morreu. Mas ele sabia que não era tudo o que fingiu ser, e colocou a cabeça no travesseiro e dormiu, e no dia seguinte... fingiu que se reformou e viveu.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma bebedeira qualquer

Ás vezes acho que o muito que eu tenho pra oferecer pras pessoas, é muito pouco de mim. Ás vezes acho que me perco em meio ao tumulto em mim. Acho que por vezes, deveria sentar na calçada, olha o luar e sonhar, me comover com as cenas de romance das novelas... mas não. Eu insisto em viver o real, insisto em assistir a minha novela real, o meu romance não tão real. Mas insisto. E se eu for a primeira a desistir de tudo? E se eu me cansar de morrer uma vez por dia? E se eu cansar de mim? Quem lutará por minhas convicções? Quem dará a cara a tapa por minha teorias malucas pelo sentido de viver ou morrer? E se eu desistir? Garanto que não farei tanta falta para muitos, mas pra dois ou até três farei falta... mas não serão eles que lutarão por minhas causas.

Não serei pai, não serei irmão, não serei tio ou padrasto... serei ninguém. Ninguém com algum nome comum, um endereço qualquer, um registro geral, com digitais e assinatura própria, serei ninguém com uma família e posso até sonhar em ter algum romance, mas mesmo assim serei ninguém. Ninguém com dores, ninguém com amores, ninguém com amigos ou família, serei só... por isso serei ninguém. E quem sabe um dia acordo disposto a lutar por ninguém e virar alguém pra muita gente...

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

E de você e eu?

- Qual é o preço de um sorriso pra você?
- Depende do sorriso. 
- O dele...
- Ahhh, o sorriso dele... não tem como explicar, é que quando ele sorri é como se eu me perdesse em um momento tão feliz, é como se nada existisse, como se meus problemas fossem embora. O sorriso dele pra mim, não tem preço. O Sorriso dele é tudo, vê-lo sorrir aumenta minha vontade de viver.

E assim como tudo passou, o dia passou. O sol se pôs e por mais algumas horas os dois se amaram... sorrindo. 
O jeito dela agir com ele, era como se o quisesse pra sempre, e o jeito dele olhar pra ela, era como se nunca tivessem saído um do lado do outro. Eram amigos, eram amantes, e amavam um ao outro. Os dois eram retardados, idiotas, se odiavam por quase um segundo, e depois se amavam mais. Brigavam o tempo todo, mas nunca deixava que um magoasse o outro.
Eram inteiros, eram completos, eram felizes, eram eles. Eram e são... não havia meio termo pra eles, não há. Eles são, e ponto final.
A história é antiga, vazada em conhecimentos baratos e experiências inúteis, mas sempre levavam ao mesmo lugar. Levavam a eles... e assim viviam.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nostalgia de tempos remotos

São lembranças bobas, perdidas no tempo e escondida na memória, mas que quando são descobertas e relembradas, trazem a mesma sensação de paz...igual de quando aconteceu. Trazem sorrisos em nossas faces e nos fazem ficar bobos com essas pequenas fagulhas de lembranças. Nos fazem rir sozinhos, lembrar de pessoas que passaram e que não voltaram pra nossas vidas, pessoas que ficaram e são tão importantes agora, que não imaginamos a minima possibilidade de estar sem elas ao nosso lado. Pessoas que passaram e deixaram muita saudade, pessoas que deixaram mágoas, pessoas que apenas passaram, mas cada uma com um ar de paz. E que cada momento, cada lembrança que ficou perdida lá no fundo da memória, ao ver essas pessoas acabam surgindo em nós, e trazem paz. Lembranças das brincadeiras incansáveis de infância, que hoje são mais lentas se forem brincadas. Lembranças de amores, amigos... que hoje fazem parte da nossa formação de caráter. Lembranças da escola, e lembranças da vida. Lembranças das brigas, dos abraços, dos beijos, dos risos, dos choros, das alegrias, das tristezas, lembranças que hoje vieram a tona em minha cabeça. Fotos guardadas trouxeram cheirinho de esperança a mim. Sorrisos bobos me fizeram enxergar o que me fazia feliz, e o que me faz feliz até hoje... que são essas lembranças, essas nostalgias de dias remotos guardados em mentes expostas ao mundo moderno. Pequenos lapsos de memórias perdidos no tempo, que foram ficando escondidas em meu baú de escolhas. Notalgia de tempos que antes era apenas um momento, mas hoje são muito importantes...cada lembrança e cada nostalgia jogada ao vento.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Luar sereno, luar.

E o Luar veio pelo metade nesta noite de brisa fria. Metade igual minha vida, metade de inteiros separados pela metade de um muro, metade de duas vidas. Metade de uma vida inteira. O Luar surgiu com ar de rei e dormiu com ar de escravo, sentou-se ao lado de uma estrela menor e papearam a noite inteira. Iluminaram meus passos enquanto minhas lágrimas escureciam minha visão. E não havia motivos pra eu chorar, mas eu chorei. Não havia motivos pra eu enlouquecer, mas enlouqueci. Eu não tinha motivos pra morrer, mas parti. Não haviam razões pra viver, mas eu vivi. Eu apenas tenho medo de dias sombrios, tenho medos que nem minha mente desconfia que tenho. Tenho dividas comigo, promessas não cumpridas, desculpas que nunca foram usadas, palavras que nunca pronunciei. E tenho vontade de gritar ao mundo tudo o que explode em mim. Não sei o que é, mas explode e arde pra sair. O vento ainda bate em minha pele e me faz arrepiar, move cada fio do meu cabelo e me mata por dentro. O Luar veio pela metade nesta noite de brisa fria.