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quinta-feira, 7 de março de 2013

Suscitando amor

Resolvi acoplar memórias perdidas pela vasta bagunça interna. Procurei desatar laços de memórias fajutas, e acumular lembranças fortes. Peguei, então, um jarro e joguei nele cinzas de momentos. Mas havia pó demais em tudo, não coube no jarro. Retirei o pó de sentimentos mofinos. Coloquei em um pote grande sorrisos espalhados com alegrias, e em uma garrafa pet enchi com lágrimas de alegria. Numa garrafa menor, empanturrei de lágrimas de dor. Acendi uma vela de 7 dias, mas que queimou inteira em meia hora. Olhei a janela e vi o jardim, ainda meio seco, pois começara a chover alegria a pouco tempo. Caminhei até lá fora, e conversei um pouco com as plantas, que com amor e dedicação começaram a florir o jardim. Começou a brotar e a desabrochar rosas vermelhas, azuis, rosas e brancas. Coloriu um pouco a casa. A casa velha, com paredes descascadas, mas com um ar de amor vívido lá. Entrei. Fui à cozinha passar café, pois sabia que ele chegava ás 17 horas e que gostava de um café fresco. Deixei na mesa o cigarro preferido e meu esqueiro. Fiz bolinho de chuva pra esperá-lo e finalmente ele chegou. E como num passe de mágica, a casa ficou viva e limpa, as paredes não eram mais descascadas depois que ele passou. O jardim floresceu por completo e parecia que a felicidade vinha com ele... parecia não, a felicidade era ele. E tudo pareceu completo. O pó de sentimentos mofinos sumiu, a garrafa com lágrimas de dor evaporou. Meu sorriso se abriu e a trilha sonora começou a tocar de novo.

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