Então, permaneceu em si, por odiar reformas... naquele dia não se reformou. Acabou esquecendo-se de levantar e dizer "bom dia", acho que se esqueceu de sorrir...ou de morrer. Acordou e lá permaneceu em si, do mesmo modo que a semana passada, ou do ano passado. Permaneceu olhando o teto branco e as paredes azuis. Ahhh... as paredes azuis, elas que em dias claros davam a impressão de ser o céu, e o teto branco, impressão de ser nuvens. E nesses dias claros, ele voava em si, viajava em si. E em dias cinzas assim como hoje, tudo ficava monocromático, não havia divisões de cores. Havia cinza apenas, e seus devaneios soterrados em meio às reformas que aconteciam no mundo lá fora, mas não nele. O mundo que em tão pouco tempo mudara com tanta rapidez e perdia, com a mesma rapidez, o sentido de girar. Finalmente, levantou...e começou a criar as suas ilusões, sonhava acordado, parecia tão irreal olhando-o de fora. Fingiu que amou, fingiu que tomou o chá da tarde com o Príncipe Charles, fingiu que lutou na Guerra Fria, fingiu que derrotou os alienígenas, fingiu ser herói de acampamento, fingiu ser tão importante pra si mesmo, fingiu que era importante pro outros, fingiu que ganhou e que perdeu, fingiu que correu, fingiu que sorriu, fingiu que foi a uma festa de rock, fingiu que bebeu, fingiu que se drogou...e de tanto que fingiu... fingiu que morreu. Mas ele sabia que não era tudo o que fingiu ser, e colocou a cabeça no travesseiro e dormiu, e no dia seguinte... fingiu que se reformou e viveu.
É aqui onde a imaginação nasce, cresce, cria e recria. É aqui que inventamos amores, paixões, prazeres e decepções. É aqui onde fazemos a nossa história, aqui onde fazemos nossa alegria. Dispensando o dispensável, preservando o indispensável. Sorrindo e chorando, aprendendo e errando. É aqui e agora que criamos nossos caminhos, nossos meios de viver FELIZ. É aqui que somos completos.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Um conto de um José qualquer
Então, permaneceu em si, por odiar reformas... naquele dia não se reformou. Acabou esquecendo-se de levantar e dizer "bom dia", acho que se esqueceu de sorrir...ou de morrer. Acordou e lá permaneceu em si, do mesmo modo que a semana passada, ou do ano passado. Permaneceu olhando o teto branco e as paredes azuis. Ahhh... as paredes azuis, elas que em dias claros davam a impressão de ser o céu, e o teto branco, impressão de ser nuvens. E nesses dias claros, ele voava em si, viajava em si. E em dias cinzas assim como hoje, tudo ficava monocromático, não havia divisões de cores. Havia cinza apenas, e seus devaneios soterrados em meio às reformas que aconteciam no mundo lá fora, mas não nele. O mundo que em tão pouco tempo mudara com tanta rapidez e perdia, com a mesma rapidez, o sentido de girar. Finalmente, levantou...e começou a criar as suas ilusões, sonhava acordado, parecia tão irreal olhando-o de fora. Fingiu que amou, fingiu que tomou o chá da tarde com o Príncipe Charles, fingiu que lutou na Guerra Fria, fingiu que derrotou os alienígenas, fingiu ser herói de acampamento, fingiu ser tão importante pra si mesmo, fingiu que era importante pro outros, fingiu que ganhou e que perdeu, fingiu que correu, fingiu que sorriu, fingiu que foi a uma festa de rock, fingiu que bebeu, fingiu que se drogou...e de tanto que fingiu... fingiu que morreu. Mas ele sabia que não era tudo o que fingiu ser, e colocou a cabeça no travesseiro e dormiu, e no dia seguinte... fingiu que se reformou e viveu.
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