segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sentir já não faz parte de mim

A saudade aumenta, os olhos lacrimejam, o coração se aperta e a dor... Bem, a dor continua viva. O vazio que ela preenche é maior do que a vontade de persistir. O valor que ela tem sobre o meu todo já não cabe mais a mim lutar contra isso. É imenso demais. É a causa de todos os males de todo o meu ser. É loucura. Mas em partes é bom. E por mais que eu queira sair desse mundo, que eu queira fugir dos fantasmas, não iria adiantar. Os fantasmas estão dentro de mim, e não há maneiras de fugir daquilo que vive preso em nós. Também não posso fugir das lembranças, dos sentimentos que ainda me torturam e tampouco posso me livrar da saudade. Mas quando a saudade começa forte demais, a gente desaba, transborda. Como se fosse simples não sentir, posso querer controlar o que tenho dentro de mim, mas não posso impor algo impossível. Ele ainda está em mim e sei que ele ainda pensa em mim. Sinto a falta dele, mas não preciso dele para poder seguir a minha vida. Sigo assim, vazia, esgotada. Sem medos, anseios e sem vontade de continuar viva.

Emily Cohen 

Nenhum comentário:

Postar um comentário