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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Seus olhos azuis

Hoje, seus olhos azuis já não me surpreendem mais. Seus olhos azuis já não se misturam ao mar, e não aquecem mais minha alma. Esses olhos azuis já não me seduzem, já não me fazem quente. Esses seus olhos azuis já não dizem mais nada, já não interferem em nada. Mas é quando esses teus olhos azuis se encontram com esses meus olhos negros que a mágica acontece. É quando o negro do céu e o azul do mar se encontra que o amor inicia. É quando nossos olhos se encaixam que nos perdemos. E só quando o imenso céu se desprende da imensidão do mar que nós nos encontramos. Quando nossos olhos não se encontram há certa segurança em nossos seres, e quando se encontram sai faíscas de fúria, ódio, amor, paixão, sedução. E eu não me importo de ser tua. Eu não me importo de perder o céu, o ar, estando ao mar, o resto é pura poesia. Mas, mesmo assim, estes seus olhos azuis só me surpreendem quando se encontram com os meus olhos negros. Assim como o céu e o mar, nossos olhos se cruzam ao horizonte, não são unidos, mas quando vistos juntos são tão lindos de presenciar. Não são uma coisa só, são duas partes, dois pedaços, dois laços. Mas, hoje, seus olhos azuis já não me surpreendem mais.

Emily Cohen

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