segunda-feira, 27 de junho de 2011

Calada da noite.

Pode ser que você não volte, pode ser que eu não queira que você volte. Eu fico bem sem você. Eu não sei o que eu tô fazendo, mas eu sei que tenho que fazer. Eu queria mesmo te ter aqui. Só que eu sei que se você volta, eu me perco e se você vai eu me encontro, mas eu fico infeliz. Bate aquele aperto aqui dentro. Aquela dor. Meus dedos doem, minha cabeça lateja. Eu deito na cama e tudo gira. Está escuro lá fora e frio demais aqui dentro. Os únicos sons que eu escuto é o "tic-tac" do relógio e do meu coração pulsando.
Levanto da cama, vou até a cozinha. A luz do luar deixa um pouco iluminado meu caminho, agora ouço o barulho de carros, que de hora em hora passam pela rua. O silêncio me assusta. Ele grita e implora pela verdade. Não sei o que me agonia, mas há algo que me assusta. Ouço vozes, passos no jardim.

Não que eu me importe estar sozinha, eu já me acostumei a esquecer. Eu abro a geladeira, pego uma cerveja e bebo, isso se repete de 15 a 15 minutos durante uma noite inteira. Embriagada, então, pego o telefone e disco o teu número. Uma vagabunda qualquer atende. Falo besteiras e recebo um telefone desligado. Deito-me e começa tudo de novo.

Emily Cohen

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