sábado, 14 de abril de 2012

Fim de noite

Mais uma vez, eu cá com meus pensamentos, lamentando por mais uma noite perdida a te esperar. Eu esperei até o ultimo segundo o telefone tocar, imaginando se você estava pensando em mim. Se me queria também, queria entender esses momentos de quase lucidez que tenho, mas com você atormentando a mente, eu não enxergo. Eu sentei, vi a lua, vi as estrelas, olhei o céu, o imenso céu, mas sem sinal da tua presença. Esperei até o ultimo suspiro antes de adormecer, esperei escutar sua voz rouca de preocupação ao me ouvir, ou por sentir minha falta. Esperei você se importar. Mas não adiantou esperar, do que adiantaria esperar algo que nunca foi seu? Que nunca vai ser? Mesmo assim, pensei, lamentei, e mais uma vez voltei para casa com a decepção me seguindo. Havia algo de muito diferente em meu olhar, e ninguém percebeu. Havia algo diferente no meu jeito de expressar, e continuaram a não perceber. Desisti de esperar, na verdade, não desisti apenas adormeci na esperança de acordar com um telefonema ou uma mensagem sua. E você não ligou, não mandou mensagem, não deu sinal algum de que se importava ou pelo menos fingia.
E quando me dei conta já não existia mais o eu, era só uma esperança mau interpretada, uma saudade inacabada e uma vontade inabalável.

Emily Cohen

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