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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Qual é a moral?

E não tem moral da história, no fim sempre acaba. Não tem sentido de fim, não tem moral, não começo e nem meio, não tem nexo, coesão, concordância, coerência ou segue uma ordem cronológica. A chuva lá fora cai conforme o pulso das minhas lágrimas jorram, o vento bate forte na janela conforme as batidas enlouquecidas do meu poema. E meu coração golpeia com força dentro do peito, quase que estourando os outros órgãos, quase que querendo sair. Assim como, minha cabeça dói. Assim como, meus pensamentos se embaralham. E não tem sentimentos fortes, é só tesão pelo medo de não querer. É só proteção pelo medo de não ter. É só restrição pelo medo de não amar. Não me leve a mal, mas esse negócio de se prender já passou. O dever de querer já ficou no passado, o amor que carregava no peito morreu. Hoje o que tenho é apenas cicatrizes. Cicatrizes de uma vida de rei, mas sem verdade. O que carrego hoje no peito é só mágoas e gelo. O coração hoje não palpita mais a ponto de estourar-me, as lágrimas não jorram com o pulso da chuva, e meu poema não enlouquece pelas batidas de ventos na janela. 'Eu sou poeta e não aprendi a amar'.

Emily Cohen

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